Em comunicado, a delegação regional de Coimbra da DECO revela ter sido informada de que consumidores estariam a ser abordados, nas suas casas, por alegados colaboradores dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Leiria (SMAS) ou da associação. “A DECO nada tem a ver com estas abordagens, tratando-se de uma utilização abusiva e falsa do nome desta associação”, refere o comunicado, salientando que, nos seus estudos regulares, não tem “qualquer metodologia que envolva o contacto porta a porta com os consumidores”.
A associação acrescenta que está a contactar as empresas envolvidas e, na eventualidade da manutenção destas práticas, “designadamente a utilização abusiva do nome da associação, a DECO reserva-se o direito de agir judicialmente contra as mesmas”. Avisando os consumidores de que estas práticas comerciais são “ilícitas e desleais”, a DECO manifesta disponibilidade para receber e encaminhar reclamações, incluindo a denúncia à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.
A semana passada os SMAS emitiram um alerta à população para o risco de burlas na instalação de filtros de água, depois de em outubro terem feito uma queixa no Ministério Público.
Numa nota enviada à comunicação social, na qual é sublinhado que a água fornecida através da rede pública cumpre as determinações da qualidade exigidas pela lei, os SMAS esclarecem que têm recebido informações de que estão a operar no concelho empresas que solicitam autorização para efetuar colheitas e análises na torneira dos utilizadores desta rede. Segundo aquela entidade, as empresas identificam-se inicialmente com sendo dos SMAS ou da DECO e os clientes “menos informados acabam por aceitar uma análise gratuita à qualidade da água na sua habitação”.
“Nessas demonstrações, pretende-se, por vezes, levar o consumidor a acreditar que a água que chega a casa pela rede pública tem uma má qualidade”, adianta a mesma nota, informando que em outubro apresentou uma queixa-crime contra uma empresa que, “mesmo assim, continua com os mesmos procedimentos”.
Os serviços esclarecem que, “apesar de fazerem o controlo de qualidade da água na torneira do consumidor em 400 pontos dispersos pelo concelho e um total de cerca de 16.000 determinações analíticas por ano, não o solicitam através de contacto telefónico”.