Ministros da Saúde de pelo menos 11 países da África ocidental querem adotar uma estratégia comum de combate à epidemia de febre hemorrágica ébola que já é considerada a mais mortífero de sempre, noticia este sábado a BBC. A estratégia foi acordada num encontro de emergência no Gana, agendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e passa mais por melhorar as políticas de educação do que fechar as fronteiras dos países, diz o jornalista correspondente da BBC na região. As práticas culturais e as crenças tradicionais em algumas áreas têm dificultado a aplicação de medidas de saúde pública, contribuindo para a propagação da doença, acrescenta.

Ao abrigo da nova atitude comum, a OMS prepara-se para abrir um centro de controlo sub-regional na República da Guiné para coordenar o apoio técnico, depois de já ter enviado mais de 150 especialistas para a região ao longo dos últimos meses desde fevereiro, quando foi reportado o primeiro caso. Todas as tentativas de travar o surto, no entanto, têm sido infrutíferas, com a OMS a reafirmar que é preciso um compromisso político de longo prazo.

O problema, dizem, tem sido a fragilidade das fronteiras da região, que faz com que os infectados carreguem a doença altamente contagiosa para outros países. A ébola transmite-se através do contacto com fluídos corporais da pessoa infectada e não há vacina nem cura. Mata em média 90% das pessoas que carregam o vírus. Até à data, 759 pessoas já foram dadas como infectadas em países como a República da Guiné, a Libéria e a Serra Leoa, sendo que 467 não resistiram à doença.

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