Pelo menos seis pessoas ligadas à investigação científica da SIDA e aos direitos e qualidade de vida dos pacientes morreram na queda do voo MH17, na Ucrânia. Inicialmente, os organizadores da conferência anual de luta contra a doença tinham dito que eram mais de 100 os cientistas e ativistas mortos no desastre aéreo, mas esse número foi revisto em baixa.
“O número que nos foi confirmado através de contactos com as autoridades australianas, malaias e holandesas é de seis pessoas. Poderá ser um pouco superior, mas não tão elevado como os números que foram anunciados”, explicou Françoise Barré-Sinoussi, presidente da Sociedade Internacional da SIDA.
As pessoas mortas são Joep Lange, ex-presidente da Associação Internacional da SIDA e um dos investigadores que liderava a comunidade científica na pesquisa do vírus VIH; Pim de Kuijer, da organização Stop Aids Now!; Jacqueline van Tongeren, do Instituto para a Saúde Global e Desenvolvimento de Amesterdão; Lucie van Mens, da AIDS Action Europe; Maria Adriana de Schutter, da mesma organização e Glenn Thomas, ex-jornalista da BBC atualmente a trabalhar para a Organização Mundial de Saúde.
“A magnitude da nossa perda é difícil de compreender e expressar. Estamos enlutados tal como todos aqueles que perderam amigos e familiares nesta tragédia sem sentido”, afirmou Françoise Barré-Sinoussi. A conferência de luta contra a SIDA começa este domingo e dura até à próxima sexta-feira, 25 de julho, reunindo mais de 14 mil cientistas, ativistas e políticos em Melbourne, na Austrália. A morte destes investigadores foi classificada pela Associação Médica da Austrália como “um retrocesso significativo” na luta contra a doença.