O ministro da Economia, António Pires de Lima, e o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, entregaram esta segunda feira as chaves a mais de 30 novos projetos empresariais apoiados pela incubadora ‘Start-Up Lisboa’.

Arrendar uma casa sem custos durante algum tempo, beber um copo de vinho no Castelo de São Jorge com vista para Lisboa ou empresas ligadas à tecnologia são alguns desses novos projetos empresariais.

Na cerimónia, o ministro da Economia destacou a importância destas incubadoras na retoma económica, afirmando que “têm ajudado a criar emprego no último ano”.

“Em Portugal têm sido criados 101 mil novos postos de trabalho e mais de metade têm origem em empresas que foram criadas há menos de cinco anos”, disse António Pires de Lima.

Para o ministro, estas empresas, “com a sua capacidade de inovar, estão a ajudar Portugal a retomar” a economia.

Por seu lado, o presidente da câmara de Lisboa disse que foi a crise económica que “obrigou” a autarquia a criar as ‘Sart-Up’.

“Durante muitos anos, as autarquias preocuparam-se pouco com a economia. A nossa relação verificava-se no mês de agosto, quando íamos à conta receber a derrama que generosamente o setor financeiro gerava na cidade. Os últimos anos obrigaram, e bem, a mudar a nossa relação com a economia, porque a derrama teve uma quebra muito acentuada, o desemprego aumentou e percebemos que uma cidade não pode viver simplesmente esperando que a economia funcione por si, mas que pode e deve ter uma relação positiva na criação do ambiente económico favorável ao desenvolvimento”, afirmou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

António Costa fez ainda saber que existem atualmente em Lisboa uma rede de 12 incubadoras de empresas.

Em declarações à agência Lusa, as mentoras da empresa “Wine With a View”, que permite beber um copo de vinho no Castelo de São Jorge com vista para a cidade, e da “Renda Zero”, que é um projeto novo de arrendamento em que o inquilino investe o dinheiro na reabilitação do imóvel e o proprietário oferece a renda ao inquilino são unânimes em destacar as mais-valias das ‘Start-Up’.

“Uma ‘Start-Up traz uma mais-valia de uma série de outras empresas que estão incubadas, um ‘know how’ que está todo condensado ali, em que promove de uma forma muito mais rápida e eficiente. Uma pessoa sozinha tem de nadar a bater às portas”, disse Bárbara Vidal de Moraes, da “Wine With a View”.

Por seu lado, Carina Oliveira, da “Renda Zero”, disse que optou por uma ‘Start-Up’ porque o “mercado de arrendamento ainda é muito novo em Lisboa e as pessoas estão habituadas a investir em casa própria e não em casa de outro”.

“Tudo isto funciona como uma experiência e achámos que o ideal seria uma ‘Start-Up’ e não uma empresa de portas abertas”, concluiu.