O agora nomeado comissário português apareceu na política com Passos Coelho, ainda nos tempos da oposição. Durante quatro anos de vida política, foi sempre olhado como discreto — mas nunca deixou de aparecer, dar entrevistas e até de dar a cara pelas políticas da troika, cuja coordenação geral assumiu em São Bento. Fica aqui uma síntese do percurso e do seu pensamento ao longo destes anos.

 

“A Europa é uma máquina única de convergência, uma plataforma de inovação e a única com um verdadeiro sistema social. O desafio é como combinar tudo isto e o que podemos fazer para manter na Europa estas três características.”

“Convencer os cidadãos de que são as reformas que vão trazer crescimento é uma luta que é difícil. Devemos ser capazes de o fazer.”

“As pessoas têm sido, nestes últimos anos, muito injustas com a Europa.”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Discurso no INSEAD, junho de 2014

 

“Podíamos ter acabado o programa de ajustamento dizendo que o trabalho estava feito, mas sabemos que ainda temos muito trabalho pela frente e quero que todos saibam que não vamos parar.”

Conferência de imprensa no fim do memorando, maio de 2014 (com direito a discurso em francês e inglês)

 

“Estamos no bom caminho.”

Entrevista à RTP, julho de 2013.

 

“Estamos muitas vezes em desacordo com a troika.”

“Começámos de um ponto em que Portugal não tinha credibilidade e os primeiros tempos com a troika tiveram essa dificuldade acrescida: reganhar uma credibilidade perdida e reconstruir esse caminho. Aquilo que mudou foi essa capacidade de sermos credíveis.”

Entrevista ao DN, novembro de 2013.

 

“Eu não tenho nada contra a dívida, eu acho que a dívida é necessária nas empresas, sempre se trabalhou com dívida, agora aquilo que a dívida não pode ser é uma dívida em excesso.”

Universidade de verão do PSD, agosto 2013

 

“Mesmo sem a troika, teríamos feito estas reformas. É o nosso programa para sair da crise.”

“O Governo português não é pelo proteccionismo.”

Nouvel Observateur, agosto de 2012

 

“Nós não acreditamos em medidas mágicas para o crescimento económico, mas na eficácia das reformas em profundidade”

Les Echoes, março 2012

 

“Há uma coisa que estamos convencidos e eu diria que é uma certeza: se continuarmos a cumprir, temos o apoio dos nossos parceiros; se continuarmos a cumprir, os mercados, mais tarde ou mais cedo, vão reconhecer.”

Reuters, fevereiro de 2012

 

Portugal precisa de “combater o preconceito de que não é capaz de cumprir os compromissos de forma rigorosa e atempada.”

Conferência do Expresso, dezembro de 2011

 

“Está a chegar uma nova geração de políticos que poderá trazer uma nova visão.”

Revista Frontline, dezembro de 2011

 

“O que é triste é que queiram voltar e não consigam porque o país não lhes dá oportunidade, espero que isso venha a mudar no futuro.”

Entrevista à Renascença, outubro de 2011

 

“Parafraseando um amigo e grande economista, a primeira coisa que se tem de fazer quando estamos num buraco é parar de cavar, e o engenheiro Sócrates não quer parar de cavar, nem por nós, nem pelos nossos filhos”

Almoço de campanha do PSD, maio de 2011