As presidenciais só devem ocorrer em janeiro de 2016, mas o nome dos candidatos já estão a ser discutidos há alguns meses. No programa Conversas de Esquina, emitido no sábado na Ribatejo FM e na Rádio Zero, hoje reproduzido pelo DN, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “é natural que [Passos Coelho] prefira um candidato presidencial de perfil baixo, isto é, parlamentarista”, distanciando-se desta característica.

Apesar de não descartar uma candidatura a Belém, Marcelo continua a ver essa opção como “muito difícil”. “Candidatando-se Passos Coelho a primeiro-ministro [em 2015], é natural que não queira [na Presidência] alguém com um papel muito interventivo”, justificou.

Para o ex-líder social democrata, Cavaco Silva “tem tido uma posição muito parlamentarista”, enquanto na sua opinião o novo presidente da República “deve ter um papel interventivo, mais amplo do que tem sido regra dos últimos presidentes, com exceções: Mário Soares, no final, e Jorge Sampaio, quando tomou a decisão em relação ao Governo de Santana Lopes.”

Ao ser questionado se seria candidato, respondeu que “muito provavelmente, não”, pois já são conhecidos “quase candidatos à esquerda, quer à direita”, explicou. E lembrou que embora António Guterres não se tenha assumido como tal, deverá ser o trunfo do Partido Socialista, enquanto à direita surgem dois nomes. “A direção do PSD parece inclinar-se para Santana Lopes”, disse, mas referiu que o nome de Rui Rio também é badalado, apesar de não se saber “ainda se quer ser líder do partido ou candidato presidencial.”

Caso seja mesmo excluído definitivamente da corrida a Belém, como ficará? “Se, porventura, se verificar que não há um contexto objetivo que permita uma candidatura, aquilo que quis sempre ser era professor catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa. Gostei de intervir na política. O que fui, foi sempre por acaso. Não quer dizer que não tenha ideias sobre o País ou não saiba exatamente o perfil que deve ter o Presidente”, afirmou.

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