A dívida pública portuguesa voltou a aumentar em julho, crescendo mais de 1.300 milhões de euros mesmo como o Estado a diminuir o valor dos depósitos que tinha para pagar dívida pública, segundo os dados hoje publicados pelo Banco de Portugal.

A dívida pública calculada na ótica de Maastricht, a forma de contabilização usada para aferir para efeitos do Pacto de Estabilidade e Crescimento assinado com Bruxelas, cresceu entre junho e julho 1.310 milhões de euros, atingindo assim os 224,5 mil milhões de euros.

Em percentagem do PIB, o Banco de Portugal já tinha divulgado no mês passado que até ao final de junho (o mês anterior aos dados agora divulgados) a dívida pública portuguesa chegava aos 133,9% do PIB.

Este crescimento acontece mesmo num mês em que o valor em depósitos acaba por cair. Segundo as estatísticas da instituição liderada por Carlos Costa, a dívida pública líquida de depósitos, utilizando a mesma ótica teve um crescimento ainda maior, passando de 204 mil milhões de euros no final de junho para 206,2 mil milhões de euros no final de junho.

Parte deste aumento é explicado pelo aumento da dívida das empresas públicas, incluídas no perímetro das administrações públicas, que aumentou 280 milhões de euros. Grande parte destes empréstimos, se não a sua totalidade, foram dados pelo Estado às empresas para assegurar as suas necessidades de financiamento, o que acabou por aumentar as necessidades de financiamento do próprio Estado no mês de julho.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR