A Bolsa de Lisboa perdeu 675 milhões de euros com a saída das ações do BES de negociação no seu principal índice, o PSI 20, o correspondente ao seu valor de mercado, explica a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO). Na nota mensal sobre a dívida pública, a que o Observador teve acesso, os técnicos independentes explicam que as ações do BES foram suspensas da Bolsa de Lisboa no dia 1 de agosto, depois de dois dias de intensas quedas após a divulgação dos resultados a 30 de julho que revelaram perdas de quase 3,6 mil milhões de euros.
Quando foram retiradas de bolsa as ações valiam zero cêntimos, ao contrário do que aconteceu com as ações da holding que geria as participações do Grupo Espírito Santo, a Espírito Santo Financial Group.
O resultado, diz a UTAO, foi uma perda para a Bolsa de Lisboa equivalente ao valor de mercado do BES, correspondente a 675 milhões de euros.
A UTAO considera ainda que a medida tomada pelo Banco de Portugal, da resolução do BES e criação do Novo Banco, acabou por ter um efeito estabilizador no mercado português, estancando as quedas acentuadas nos preços das ações que se vinham a registar, apesar de uma queda nas ações dos principais bancos portugueses.