A enfermeira espanhola que estava sob observação no Hospital Carlos III — uma de três pessoas isoladas e sob suspeita de poder ter o vírus do ébola — deu negativo na primeira análise realizada pelos serviços médicos.

Fontes médicas confirmaram que a mulher, que deverá ter alta nas próximas horas, tinha estado isolada e sob vigilância próxima, apesar de não ter febre e de ter apenas diarreia. As mesmas fontes explicaram que, formalmente, não se trata de uma caso de suspeita mas sim “em estudo” e que se optou por isolá-la porque fez parte da equipa que atendeu uma das duas vítimas mortais transferidas para Espanha. Neste caso não esteve em contacto direto com Teresa Romero Ramos, a auxiliar de enfermagem contagiada, mas sim com colegas seus.

As fontes garantem que não se prevê a realização de nenhuma prova adicional e que se descarta como possível caso de ébola. Tratava-se de uma das três pessoas isoladas no Hospital Carlos III depois da confirmação do primeiro caso de contágio fora de África, uma auxiliar de enfermagem espanhola contagiada com o ébola em Madrid. A paciente está a ser tratada com soro híper-imune procedente da religiosa Paciência Melgar, que sobreviveu à doença em agosto, segundo fontes médicas do Hospital Carlos III.

Além do caso confirmado da auxiliar de enfermagem, há dois outros casos suspeitos sob observação na unidade hospitalar: o marido da paciente e um homem que recentemente viajou no estrangeiro. Todos estavam “hospitalizados em quartos de alta segurança, totalmente isolados”, segundo explicou hoje de manhã José Ramón Arribas, coordenador da Unidade de Infeciosas do Hospital Carlos III. Estão ainda a ser acompanhadas 52 outras pessoas por possível contágio. A maior parte das pessoas são do setor sanitário (30) da instituição, enquanto as restantes tiveram relação com a paciente.

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