A polícia de Hong Kong voltou esta sexta-feira a carregar sobre manifestantes pró-democracia, que tentaram regressar a uma zona da cidade de onde tinham sido dispersados. De acordo com um repórter da agência France Presse no local, a polícia usou gás pimenta e bastões para afastar os ativistas que tentavam recuperar a rua principal da zona de Mong Kok, utilizada pelos manifestantes durante as últimas três semanas de protestos.

Horas antes, as autoridades tinham conseguido retirar do local um número significativo de pessoas que ali se mantinham concentradas e que abandonaram as ruas sem resistência. Quando começou a anoitecer, uma multidão juntou-se perto do local onde tinham estado anteriormente.

Os confrontos registaram-se por volta das 20 horas (12 horas em Lisboa) depois de os manifestantes começarem a tentar romper o cordão policial. Os manifestantes encontravam-se munidos de guarda-chuvas (símbolo da revolta pró-democracia de Hong Kong), enfrentando dessa forma a polícia que usou bastões para tentar dispersar a multidão. De acordo com a France Presse pelo menos dois manifestantes foram detidos pela polícia.

Na quinta-feira, depois de um vídeo publicado no YouTube que mostrava a agressão de sete polícias contra um protestante, CY Leung, o chefe executivo de Hong Kong, apelou ao diálogo com os líderes estudantis. Mas avisou que nada mudará nas leis da eleição do líder do governo, que terá de ser aprovado por Pequim.

A “Revolução dos chapéus-de-chuva”, que dura há três semanas, exigia a demissão de Leung e autodeterminação na hora de escolher o próximo chefe executivo de Hong Kong, algo que até foi prometido para 2017, mas o Governo chinês voltou atrás.

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