Cerca das 08h30 de Lisboa, os juros da dívida portuguesa a 10 anos estavam a descer, para 3,268%, abaixo dos 3,3%, depois de terem terminado na quinta-feira nos 3,283% e descido até ao mínimo de sempre, de 2,957%, a 10 de outubro.
No mesmo sentido, a cinco anos, os juros estavam a cair para 1,896%, contra 1,945% na quinta-feira e depois de terem descido até ao mínimo de 1,584% a 05 de setembro.
Os juros a dois anos também estavam a descer, para 0,785%, depois de terem terminado a 0,834% na quinta-feira e de terem atingido o valor mais baixo alguma vez registado, de 0,437%, a 25 de setembro passado.
Além de manter a taxa de juro no mínimo histórico de 0,05%, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou em Nápoles, no início deste mês, mais pormenores sobre os programas de compra de dívida privada, designadamente que estes vão estar em vigor dois anos.
O pacote do BCE inclui a compra de ativos ABS (asset-backed securities) e de créditos hipotecários em euros emitidos por instituições financeiras da zona euro.
A 04 de setembro, o BCE tinha reduzido a taxa de juro diretora para 0,05%, um novo mínimo histórico, e anunciou que iria lançar um programa de compra de dívida privada para apoiar o mercado de crédito e dinamizar a economia da zona euro, mas sem precisar o montante.
A 17 de maio passado, Portugal abandonou oficialmente o resgate sem qualquer programa cautelar.
O programa de ajustamento solicitado por Portugal à ‘troika’ (Comissão Europeia, BCE e Fundo Monetário Internacional), no valor de 78 mil milhões de euros, esteve em vigor cerca de três anos.
Os juros da dívida soberana da Irlanda estavam hoje a cair em todos os prazos. Dublin terminou a 15 de dezembro de 2013 o programa de ajustamento solicitado à ‘troika’ em 2010, no valor de 85 mil milhões de euros.
Os juros de Itália e de Espanha também estavam a descer em todos os prazos.
Em relação aos juros da Grécia a cinco e dez anos, que são os únicos prazos disponíveis para este país, estes estavam a subir no prazo mais curto e a descer no mais longo.