Mesmo com a recuperação de países como Espanha, Portugal e Irlanda, Angela Merkel avisou que situação na zona euro “continua extremamente frágil”. Perante uma audiência de patrões, Merkel disse ainda que as reformas devem continuar, que não se deve continuar a opor “austeridade ao crescimento” e que em países com uma menor aposta em ensino profissional, como Portugal e Espanha, “há licenciados a mais” e muito desemprego.

“Devemos manter-nos fieis ao Pacto de Estabilidade e Crescimento. E isto também tem a ver com o crescimento e por isso é que devemos rejeitar este debate da austeridade contra o crescimento. Isto é errado e não nos leva a lado nenhum”, disse Merkel em Berlim esta manhã, perante a confederação de patrões germânica. A chanceler reconheceu o progresso da economia europeia, especialmente dos países que saíram ou estão prestes a sair de programas de ajustamento, mas a reformas estruturais devem prosseguir, relata a Reuters.

Quanto à economia doméstica, Merkel diz que tudo “está estável”, mas do ponto de vista externo, há pontos de desequilíbrio como a Ucrânia e a crise com a Rússia, que acabaram por prejudicar os empresários russos e criou incerteza nos mercados. A chanceler diz que é preciso investir na economia, mas sem pedir mais dinheiro emprestado. “[Um orçamento equilibrado para 2015] Pode ser visto como excessivamente contido. Mas devido aos desafios demográficos, é o comportamento mais sensato”, disse a líder alemã sobre as finanças internas do país.

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