Os reguladores dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Suíça multaram em cerca de 2,6 mil milhões de euros cinco bancos – UBS, Royal Bank of Scotland, Citigroup, HSBC e JPMorgan Chase – por manipulação do mercado cambial.
Estes cinco bancos chegaram a um acordo, em simultâneo, com o regulador britânico, aceitando que não tinham em prática mecanismos de controlo para prever a manipulação naquele que é o maior mercado do mundo, com 5,3 biliões de dólares em negócios por dia.
A autoridade para os serviços financeiros do Reino Unido aplicou uma multa de 1,1 mil milhões de libras (cerca de 1,37 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual).
O banco Barclays não chegou a acordo com o regulador, que diz que vai continuar a sua investigação ao banco, principalmente na área do trading de divisas de economias emergentes.
Também hoje, o regulador do Mercado de futuros dos Estados Unidos, a Commodity Futures Trading Commission (CFTC) aplicou uma multa de 1,4 mil milhões de dólares (1,13 mil milhões de euros) por tentativa de manipulação e apoio e incentivo à tentativa de outros bancos de manipular os benchmarks globais de divisas para beneficiar a posição de alguns traders.
As maiores multas do regulador americano foram para o Citigroup e o JPMorgan, que ficam obrigados a pagar cerca de 310 milhões de dólares (cerca de 250 milhões de euros) cada.
As violações das regras terão começado em 2009 e continuaram até 2012, com os corretores destes bancos a coordenarem a sua estratégia com as contrapartes em outros bancos de forma a manipularem os preços. Os traders trocavam informações sobre as ordens dos clientes e coordenavam estratégias em salas de chat.
As multas neste caso podem não ficar por aqui. O Office of the Comptroller of the Currency (o regulador dos bancos nacionais e das subsídiarias estrangeiras de bancos federais) deve anunciar hoje mais multas para alguns destes bancos. O Banco of America deve entrar neste lote.
Para além deste bolo global, o regulador dos mercados financeiros da Suíça, a Finma, aplicou uma multa de 134 milhões de francos suíços (cerca de 111 milhões de euros) em separado ao banco UBS, por má conduta no seu mercado de divisas e de matérias-primas.