Os cigarros eletrónicos contêm até dez vezes mais agentes cancerígenos do que o tabaco convencional, de acordo com uma investigação levada a cabo por uma equipa de cientistas japoneses, revelada hoje.

Uma equipa de investigadores, comissionada pelo Ministério da Saúde do Japão, descobriu cancerígenos, como formaldeído e acetaldeído, no vapor produzido por vários tipos de líquido existentes no cigarro eletrónico, informou a televisão TBS.

O nível de formaldeído é dez vezes superior ao detetado no fumo dos cigarros convencionais, indicou a TBS.

A investigação da equipa do Instituto Nacional de Saúde Pública, liderada pela cientista Naoki Kunugita, foi entregue hoje ao Governo, segundo a estação televisiva.

À semelhança de um vasto universo de jurisdições, o Japão não tem regulamentação para os cigarros eletrónicos, os quais podem ser comprados com facilidade através da Internet. Contudo, ao contrário de alguns países do Ocidente, não estão disponíveis para venda nas lojas.

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Em agosto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou a proibição de venda de cigarros eletrónicos a menores de idade, por considerar que o consumo acarreta “ameaças graves” para os adolescentes e fetos.

Os peritos aconselharam também a interdição ao consumo de cigarros eletrónicos em espaços públicos fechados, segundo um documento publicado pela OMS.

Um estudo realizado por investigadores britânicos, divulgado no final de julho pela publicação científica ScienceDaily, aponta, por outro lado, o cigarro eletrónico como sendo menos prejudicial do que o tabaco convencional.

De acordo com a ScienceDaily, a revisão feita pelos investigadores da Universidade de Queen Mary de Londres concluiu que, apesar dos efeitos do uso dos cigarros eletrónicos serem desconhecidos, são menos prejudiciais comparativamente aos cigarros convencionais.

A revisão científica foi conduzida por uma equipa internacional que lidera há anos pesquisas sobre os efeitos do tabaco.