Cigarros eletrónicos produzidos na China estão a ser usados como propagadores de vírus informáticos, alerta um especialista em segurança informática. Enquanto a comunidade científica procura apurar se existem impactos para a saúde associados ao uso destes dispositivos, surgem agora notícias de que os cigarros eletrónicos podem, pelo facto de serem carregados por ficha USB, servir para contaminar computadores com vírus ou “software” capaz de extrair informação confidencial.

A história, que começou no site “Reddit” e que é relatada pelo especialista Pierluigi Paganini no seu blogue Security Affairs, envolve um alto quadro de uma empresa “de grande dimensão”, o seu computador e um cigarro eletrónico comprado no eBay por cerca de 5 dólares, pouco mais de quatro euros.

O computador ficou infetado por vírus informático e foi chamada a equipa de informática da empresa, que verificou que o sistema operativo estava atualizado, tinha o anti-vírus atualizado e as proteções contra ‘malware’ em dia. Os técnicos vasculharam os registos de atividade recente do computador, em vão. Até que, em conjunto, chegaram à origem do problema: o executivo tinha deixado de fumar cigarros tradicionais e começado a fumar esse cigarro eletrónico. Usava a porta USB do computador para carregar a bateria.

“Os cigarros eletrónicos tornaram-se o mais recente veículo para espalhar ‘software’ malicioso”, escreve Pierluigi Paganini. O especialista em segurança informática diz que não pode garantir a veracidade da notícia colocada no Reddit mas diz que “considero este cenário de ataque plausível”. É por isso que concorda com outros especialistas da área que defendem que sejam desativadas as portas USB dos computadores profissionais que contenham informação sensível ou, pelo menos, que os utilizadores tenham mais cuidado com os locais onde compram os cigarros eletrónicos.

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