“O novo fundo é autossuficiente. No entanto, o seu impacto será obviamente muito maior se os Estados-membros contribuírem. Vários países já sinalizaram o seu potencial interesse em fazê-lo, e aguardo agora propostas concretas. Preciso de dinheiro, não só de palavras”, disse, num discurso no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

Juncker intervinha num debate sobre a cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia que decorrerá entre quinta e sexta-feira em Bruxelas, e que será centrado precisamente no plano de investimentos anunciado pela nova ‘Comissão Juncker’ em novembro, com o qual Bruxelas espera mobilizar 315 mil milhões de euros ao longo dos próximos três anos.

Insistindo que a União Europeia necessita de agir para mudar a quebra verificada nos investimentos na Europa – que atualmente são, em média, 15% abaixo dos valores verificados antes da crise -, Juncker garantiu ainda que “todos os projetos de investimento serão escolhidos com base nos seus méritos” e que as decisões serão tomadas com base em análises independentes de especialistas, tendo em conta o mérito dos projetos candidatos e a sua viabilidade económica e social.

Referindo-se à lista de cerca de 2.000 projetos já potenciais candidatos a beneficiar dos financiamentos do plano de investimento, publicada na semana passada por uma ‘task force’ criada para o efeito, o presidente do executivo comunitário disse que, “obviamente, nem todos eles são novos, estratégicos ou economicamente viáveis”, mas disse existirem “muitos exemplos interessantes”.

Essa primeira lista de candidaturas a financiamento no quadro do plano de investimentos da Comissão Juncker integra cerca de 2.000 potenciais projetos, tendo Portugal apresentado mais de uma centena, num valor superior a 16 mil milhões de euros.

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