Numa mensagem gravada e publicada domingo na Internet, Catarina Martins reiterou as críticas ao executivo da maioria PSD/CDS-PP, “apoiado por Angela Merkel, pela União Europeia, pelos grandes bancos que criaram a crise”, considerados responsáveis por “uma em cada três crianças” viverem “em situação de pobreza”, por “mais desemprego, emigração e dívida do que antes da chegada da ‘troika'”.

“Está na hora de mudar de vida. Entramos em 2015 com um Governo em final de prazo – colapso nos tribunais, nas escolas, demissões, contradições, mas Passos Coelho e Paulo Portas insistem em levar o mandato até ao fim por muito que o povo rejeite o Governo”, disse.

A dirigente bloquista perspetivou “também um ano com novas esperanças”, mas recusou que se tratem das “novas promessas do PS, tão velhas como o seu compromisso com os grandes interesses económicos, que sempre beneficiou e protegeu”, pois “não há nenhuma esperança nos partidos do ‘centrão'”.

“Falo da esperança que vem da Europa como da Grécia, onde em 2015 teremos eleições e o Syriza – o partido da esquerda radical – pode ganhar. E de Espanha, onde há uma alternativa política ao centro que cresce, o terramoto que nos diz que Podemos. Estes sinais de esperança são sinais de desobediência de quem rejeita a chantagem da dívida e a austeridade que destroem a democracia”, afirmou.

Para a deputada bloquista, “em Portugal, o BE é a força dessa desobediência que afronta os poderosos” e que “responde pelos de baixo”.

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