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O que já sabemos sobre o atentado ao Charlie Hebdo em 20 pontos

Este artigo tem mais de 5 anos

O Observador resumiu os principais acontecimentos do atentado ao jornal Charlie Hebdo ocorrido na manhã desta quarta-feira em Paris, para que fique a saber o que já ocorreu até o momento.

Manifestações de solidariedade para com as vítimas do ataque ao jornal Charlie Hebdo tem ocorrido em todo o mundo.
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Manifestações de solidariedade para com as vítimas do ataque ao jornal Charlie Hebdo tem ocorrido em todo o mundo.

Getty Images

Manifestações de solidariedade para com as vítimas do ataque ao jornal Charlie Hebdo tem ocorrido em todo o mundo.

Getty Images

  • Três homens armados entraram na redação do Charlie Hebdo e causaram pelo menos 12 vítimas mortais e quatro feridos muito graves, bem como outros sete feridos ligeiros.
  • Entre os jornalistas mortos, encontram-se alguns dos principais cartoonistas da publicação, como o diretor da publicação conhecido como Charb, Wolinski, Cabu, Tignous e Honoré. Morreram ainda dois polícias (um deles fazia proteção pessoal a Charb), dois colunistas do jornal Bernard Maris, economista, e Elsa Cayat, psicanalista, o revisor Mustapha Ourrad e Michel Renaud, antigo Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara de Clermont. Morreu também Frédéric Boisseau, o porteiro.
  • A polícia francesa divulgou as fotos de Said Kouachi e Cherif Kouachi e pediu aos cidadãos a ajudar a encontrá-los.
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Cherif Kouachi (à esquerda) e Said Kouachi (à direita) estão a ser procurados pela polícia francesa.

  • Os agressores fugiram num carro que estava parado numa rua ao lado do Boulevard Richard-Lenoir e trocaram tiros com a polícia. Eles abandonaram o carro no Arrondissement 19, perto da estação de metro Porte de Pantin, onde roubaram um outro veículo.
  • Ao final da tarde desta quinta-feira a equipa de operações especiais da polícia encontrou o veículo usado pelos suspeitos, um Clio cinzento, abandonado entre as aldeias de Fleury e Corcy, na mesma região. Suspeita-se agora que os homens tenham fugido a pé e uma testemunha garantiu que os viu a entrar na floresta.
  • A polícia considerou credível o álibi apresentado pelo jovem de 18 anos, Hamyd Mourad, identificado inicialmente como sendo o terceiro suspeito no ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo. À hora do ataque estaria no liceu, numa cidade da região parisiense, o que teria sido já confirmado.
  • Grande parte dos meios policiais e militares do país concentram a busca na região Longpont, em cuja floresta se crê estarem os dois suspeitos. Foi ali, em Villers-Cotterêts, que um gerente de uma bomba de gasolina reconheceu os suspeitos. Outra testemunha garantiu que os viu a entrar na floresta de Longpont, descrita como sendo “maior do que Paris”.
  • Segundo especialistas em segurança, os homens tinham treino militar e agiram com frieza.
  • Said Kouachi, um dos suspeitos, terá estado no Iémen em 2011, relatam os jornais e cadeias de televisão norte-americanos como The New York Times, CNN e NBC. Os dois irmãos estariam também impedidos de entrar nos EUA.
  • Chérif Kouachi foi condenado a 18 meses de prisão em 2008, acusado de ter ajudado em operações de militância islâmica no Iraque.
  • A França elevou o seu alerta de segurança para o nível máximo e reforçou a segurança do país para proteger edifícios públicos, escritórios de imprensa, estações de transporte e principais pontos turísticos de Paris. O Presidente François Hollande falou à nação na noite desta quarta-feira e disse que “a liberdade vai ser mais forte do que a barbárie”.
  • Em França foi decretado um dia de luto nacional nesta quinta-feira, onde uma multidão juntou-se na Praça da República, em Paris. Às 20h, hora local, as luzes da Torre Eiffel foram desligadas.
  • A Praça dos Restauradores em Lisboa recebeu nesta quinta-feira uma concentração de centenas de pessoas que quiseram mostrar solidariedade para com as vítimas do ataque em Paris que vitimou dois polícias e 10 membros do staff da redação do jornal Charlie Hebdo
    • Vários líderes mundiais deram as condolências ao país, nomeadamente Angela Merkel, Ban Ki-moon e o Papa Francisco. Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, apareceu de surpresa na embaixada de França em Washington nesta quinta-feira e assinou o livro de condolências. “Vive la France”, escreveu.
  • Os ministros da Administração Interna (ou do Interior) europeus e dos Estados Unidos vão encontrar-se este domingo em Paris para discutir formas de coordenar o combate ao terrorismo. A reunião foi anunciada pelo ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve.
  • Luc Bronner, diretor adjunto das redações do Le Monde, afirma em comunicado de imprensa que a Radio France, o jornal Le Monde e a France Télévisions colocarão à disposição todos os meios “humanos e materiais necessários” para que o jornal Charlie Hebdo continue ativo. O jornal britânico Guardian e o Digital Press Fund, financiado pela Google, vão doar 128 mil e 250 mil euros, respetivamente.
  • Funcionários do Charlie Hebdo confirmam que a próxima edição sairá na quarta-feira e que terá uma tiragem de um milhão de exemplares.
  • O ataque ao jornal Charlie Hebdo levou a reações dos partidos de extrema-direita e eurocéticos da Europa. Marine Le Pen quer referendo sobre pena de morte.
  • Manuel Valls, primeiro-ministro da França, convocou todos os partidos a participar da marcha republicana a ser realizada neste domingo em homenagem às vítimas do atentado. O partido UMP do ex-presidente do país Nicolas Sarkozy foi convidado. Marine Le Pen (ainda) não.
  • As hashtags #JeSuisCharlie (#EuSouCharlie) e #RespectForMuslims (#RespeitoAosMuçulmanos) rapidamente espalharam-se pelas redes sociais e tornou-se trending topic em todo o mundo.
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