Há mais de 10 anos, a tragédia aconteceu em Madrid. Os atentados do 11 de março na estação de Atocha mataram 190 pessoas e um funeral solene reuniu 190 líderes mundiais na capital espanhola, à semelhança do que vai acontecer este domingo em Paris. As figuras eram diferentes, mas a consternação geral e a vontade mostrar uma Europa unida e solidária frente ao terrorismo parece manter-se.

Esta missa aconteceu 13 dias depois dos atentados, na Catedral de Almudena e reuniu 1.500 convidados. A cerimónia foi emocionada, com a malograda infanta Cristina, agora envolvida em em escândalos de corrupção, a comover-se publicamente. As medidas de segurança à volta da catedral onde estavam mais de 50 líderes mundiais foram extremas, com mais de 1.500 polícias em toda a cidade, especialmente a patrulhar os percursos dos visitantes. Foi também fechado o trânsito em diversas ruas da capital espanhola.

Os representantes portugueses foram Jorge Sampaio, presidente da República, e Durão Barroso, ainda primeiro-ministro. Outras figuras que entretanto já não agitam a cena internacional como Jacques Chirac e Tony Blair também marcaram presença. Em Espanha, a situação política era complexa, já que as eleições aconteceram três dias depois dos atentados e elegeram José Luis Rodríguez Zapatero. No entanto, as cerimónias foram lideradas por Aznar já que o socialista ainda não tinha tomada posse.

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