A eurodeputada socialista Ana Gomes voltou a fazer declarações polémicas sobre o Charlie Hebdo. Desta vez sobre a capa da edição pós-atentado daquele jornal satírico francês. “Porquê insistir na representação do Profeta, que se sabe ofender os muçulmanos?”, questionou a eurodeputada na sua conta pessoal no Twitter, motivando alguma discussão naquela rede social e novas justificações da socialista.
#CharlieHebdo – porquê insistir na representação do Profeta, que se sabe ofender os muçulmanos? Não estou de acordo. Não em meu nome.
— Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) January 13, 2015
Escrevendo em português, inglês e francês, a tomada de posição da eurodeputada sobre o cartoon de Maomé escolhido pela publicação para ilustrar a capa da primeira edição depois da morte de 12 pessoas nas suas instalações motivou várias críticas naquela rede social:
@AnaGomesMEP – … porquê insistir em delimitar o que os outros podem ou não fazer? Cada um tem o direito a ser ou não ser #carliehebdo
— ???? Castelo Voador (@CasteloVoador) January 13, 2015
https://twitter.com/danielrijo/status/555078939404943361
Perante as vozes que se levantaram, a própria Ana Gomes respondeu a alguns utilizadores do Twitter, reforçando que todos “têm direito” mas também “têm de ter… juízo”. “E quem acha insensato e insensível, como eu, também tem direito de dizer que discorda”, rematou a eurodeputada.
Há mesmo um interlocutor que comenta, com ironia, que “não sabia que o Querido Mudei a Casa tinha tanta audiência”, numa referência às declarações polémicas do apresentador Gustavo Santos que se tornaram virais depois de ter dito que os jornalistas “se puseram a jeito”.
Esta intervenção de Ana Gomes surge uma semana depois de, no próprio dia do atentado, a eurodeputada ter usado o Twitter para reagir, dizendo que o que aconteceu no Charlie Hebdo era resultado das “políticas de austeridade anti-europeias”, que deram origem a “desemprego, xenofobia, injustiça, extremismo e terrorismo”. Também essa publicação motivou uma onda de críticas na internet.