A economia portuguesa cresceu 0,9% em 2014, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística, uma décima abaixo do esperado pelo Governo na última estimativa que fez na proposta de Orçamento do Estado para 2015.

Segundo o INE, a economia cresceu 0,5% no último trimestre do ano, face ao trimestre imediatamente anterior, crescendo assim ao melhor ritmo desde o quarto trimestre do ano passado.

No segundo e no terceiro trimestres de 2014, a economia tinha crescido 0,3% (sem em cadeia, ou seja, face ao trimestre anterior), e nos primeiros três meses do ano tinha mesmo chegada a sofrer uma contração, na altura explicada por fatores temporários, com a paragem da refinaria de Sines.

Comparando o último trimestre de 2014, com o mesmo trimestre de 2013, o INE diz que a economia terá crescido 0,7%. O PIB não terá crescido tanto como nesse trimestre de 2013 fruto de uma desaceleração da procura interna, explica o INE, que foi minorada por um contributo menos negativo das exportações, que começaram a recuperar.

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No final, a economia cresceu muito perto do esperado pelo Governo na última estimativa, que foi revista duas vezes. O Governo esperava agora que a economia crescesse 1% do PIB no total de 2014. Mas quanto fez a primeira previsão, no Orçamento para 2014 apresentado ainda em 2013, esperava que crescesse apenas 0,8%. Com o passar do tempo ficou mais otimista, e chegou a rever a previsão para os 1,2% do PIB, valor que percebeu que era demasiado otimista e reviu em baixa para 1%.

As restantes instituições não ficaram também elas muito longe do resultado final. O Banco de Portugal na sua última previsão até acertou nos 0,9% que aconteceram agora. A Comissão Europeia esperava na última previsão que crescesse 1%, enquanto o FMI e a OCDE eram mais pessimistas e se ficavam por apenas 0,8% do PIB.

Esta é a apenas a primeira estimativa para os resultados do PIB no quarto trimestre de 2014. Ainda antes do final do mês, a 27 de fevereiro, o INE vai publicar os resultados correntes das Contas Nacionais com uma nova estimativa, ou seja, o valor ainda pode ser revisto, ainda que as revisões que aconteçam no passado tenham sido quase sempre muito pequenas e não muito frequentes.