Durante mais de um ano, a CIA comprou centenas de armas químicas a um vendedor no Iraque para evitar que as armas anteriormente produzidas pelo regime de Saddam Hussein caíssem nas mãos de grupos terroristas. As forças norte-americanas terão destruído centenas de armas químicas que continham altas concentrações de gás sarin. A investigação do New York Times foi confirmada por várias patentes das Forças Armadas do Estados Unidos.
Nem a CIA nem o Pentágono confirmaram esta informação, mas num comunicado dirigido ao jornal nova-iorquino, o assessor de imprensa do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, disse que “sem especificar programas”, a coligação de forças que invadiu o Iraque – incluindo Reino Unido e Portugal – “trabalhou diligentemente para encontrar e remover armas que pudessem ser usadas contra as tropas e contra os iraquianos”. Entre as armas compradas a um vendedor iraquiano desconhecido – não se sabe também como é que este vendedor acedeu às armas químicas – estavam alegadamente mais de 400 rockets Borak, com elevados níveis de gás sarin.
A informação sobre a existência deste e de outros programas para travar a proliferação de armas na região foi confirmada por vários veteranos e militares ainda no ativo, mas o General Richard P. Zahner, agora na reforma, e entre 2005 e 2006, responsável pelos serviços secretos militares no Iraque, disse que este foi um dos mais bem-sucedidos para retirar do mercado negro armas químicas. “Esta foi uma iniciativa eficaz por parte dos nossos parceiros dos serviços secretos que impediu o uso destas armas”, afirmou ao jornal norte-americano.
Ainda não é conhecido o valor total pago pelas autoridades norte-americanas a este vendedor desconhecido.