O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, defendeu em Coimbra um “grande entendimento” entre os partidos PS, PSD e CDS.

“Se os cidadãos continuarem a depositar a decisão nestes três partidos”, deveria ser criado “um pacto” entre PS, PSD e CDS para “mais do que uma legislatura”, disse à agência Lusa Carlos Silva.

O pacto deveria ser feito em matérias onde houvesse “convergência” entre estes partidos políticos, referiu, sublinhando, no entanto, que o entendimento a que se refere não seria uma coligação.

As constantes alterações de políticas face às mudanças de governos “criam desgaste” e afetam “a concertação social”, frisou Carlos Silva.

O dirigente sindical falava à Lusa à margem do Seminário “Trabalho Seguro, pela Saúde”, que decorreu na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra.

Na sessão de encerramento, Carlos Silva afirmou que o Governo “é mau patrão” e “mau exemplo para os privados”, no que toca à negociação coletiva, considerando que nos últimos quatro anos assistiu-se a “um esbulho de direitos dos trabalhadores”.

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O secretário-geral da UGT criticou o Governo por se apresentar como “bloqueio” à negociação coletiva.

O Governo “bloqueia algo que é desejado por todos”, constatou.

“Já acabou a ‘troika’. Então queremos reverter alguns dos direitos que abdicámos”, apontou.