A Cooperativa de Olivicultores de Borba, no Alentejo, exporta cerca de 40% da produção de azeite engarrafado para os mercados do Brasil, Japão, Alemanha, Macau, Holanda, Singapura e França, revelou à agência Lusa o diretor executivo.

Segundo Paulo Velhinho, esta cooperativa do distrito de Évora, que produz azeite com Denominação de Origem Protegida (DOP), está a apostar no mercado de Macau, para o qual espera aumentar as exportações.

França, Alemanha e o mercado nacional são outras apostas da cooperativa para o crescimento das vendas, mas, de acordo com o responsável, este ano, “as exportações devem manter os mesmos valores, ou até baixar, devido ao aumento do preço do azeite e à falta de produto”.

Paulo Velhinho explicou que, em 2014, a Cooperativa de Olivicultores de Borba, uma das principais do Alentejo, registou “a produção mais baixa dos últimos 32 anos, devido a “situações climatéricas atípicas e a uma praga de mosca da azeitona e à doença da gafa nos olivais”.

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No ano passado, a cooperativa recebeu 650 toneladas de azeitona, o que correspondeu a cerca de 100 mil litros de azeite, um terço da produção de 2013, quando a empresa recebeu 2,1 milhões de quilos de azeitona e produziu cerca de 310 mil litros de azeite, indicou o diretor executivo.

Paulo Velhinho lembrou, por outro lado, que a cooperativa concluiu, antes do início da campanha de 2014, um projeto de 230 mil euros, com 30% de apoio de fundos comunitários, que envolveu uma linha completa de engarrafamento, melhoria nas instalações, um armazém para azeite e uma pequena estação de tratamento de águas residuais (ETAR).

“Este investimento veio permitir a melhoria da qualidade do azeite”, salientou o responsável.

Fundada em 1951, a Cooperativa de Olivicultores de Borba, que produz a marca “Dom Borba”, tem cerca de 600 associados e abrange vários concelhos dos distritos de Évora e Portalegre.

O azeite “Dom Borba” já foi premiado com medalhas de ouro e ouro prestígio nos concursos Terra Olivo, em Jerusalém, Israel.