O ministro Poiares Maduro afirmou este sábado, em Penacova, que quando António Costa diz que o país vive uma regressão de 15 anos, esquece-se de dizer que 13 desses anos são da responsabilidade dos socialistas.

Quando se ouve o líder do PS, António Costa, “falar de uma regressão [em Portugal] de 15 anos, ele esquece-se de dizer que quando houve uma regressão de 15 anos no investimento, 13 anos dessa regressão foram nos governos socialistas”, em que ele próprio esteve, “boa parte desse tempo”, no Governo.“É um pouco como alguém pegar fogo à [sua] casa e depois, quando os bombeiros apagam o fogo, queixar-se que eles lhe deixaram a casa molhada”, sintetizou o governante.

Essa regressão continuou, “naturalmente”, no período “imediatamente a seguir à situação de bancarrota financeira que o Estado [português] enfrentou”, sustentou Miguel Poiares Maduro, que falava este sábado, à tarde, numa sessão que está a decorrer em Penacova, no distrito de Coimbra, por iniciativa dos sociais-democratas locais.

Mas hoje, “através do esforço dos portugueses e com base nas políticas do Governo”, Portugal está, “desde o ano passado”, a “inverter o processo de regressão da economia, do emprego e do investimento que o PS originou”, assegurou Poiares Maduro.

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“Nós queremos crescer, queremos melhorar as condições de vida dos portugueses, mas temos de fazer isso com sustentabilidade”, ao contrário do que sucedeu “antes de 2011 e da iminência da [situação de] bancarrota que o país enfrentou”, sublinhou.

Antes de 2011, “o país teve uma década que foi uma década perdida, em termos de crescimento económico”, durante a qual o investimento e o emprego caíram, defendeu o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional. “A estagnação económica” de Portugal nesse período é “equivalente – imagine-se – à grande depressão norte-americana dos anos 30” do século passado, disse.

Nessa década, os portugueses não “sentiram na pele” os efeitos dessa situação, pois beneficiava de “condições de financiamento muito favoráveis” e, “portanto, ia aumentando o endividamento para conseguir ocultar, de certa forma, a crise profunda” que Portugal já vivia, afirmou o governante. Poiares Maduro falava este sábado, ao início da tarde, na abertura da primeira sessão do ciclo de debates intitulado “Penacova 2020 – Desenvolvimento local 2014-2020”, promovido pelo PSD.

Com este ciclo os sociais-democratas de Penacova pretende promover a discussão sobre o futuro do concelho, designadamente em função da aplicação de apoios europeus, no âmbito do novo quadro comunitário de apoio ‘Portugal 2020’, explicou Mauro Carpinteiro, vereador da Câmara de Penacova, que é de maioria PS. “Ainda que na oposição, temos a obrigação de, envolvendo as populações, procurar as melhores soluções para a nossa terra”, sustentou o autarca.

Também participam no debate o presidente da Câmara de Penela, Luís Matias, o deputado e ex-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) Pedro Saraiva, o deputado e presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Coimbra, Maurício Marques, e o líder da Comissão Concelhia do PSD de Penacova, Carlos Sousa, entre outros dirigentes partidários e convidados.