São apenas 6,4 os pontos percentuais que separam os quatro partidos mais bem posicionados nas intenções de voto para as eleições gerais do final do ano, em Espanha. Os resultados são de uma nova sondagem publicada, esta segunda-feira, pelo jornal espanhol “elPeriódico” e que coloca o PP em primeiro lugar.

De acordo com o mais recente barómetro do GESOP, se as eleições fossem hoje o PP conseguia entre 102 e 107 assentos parlamentares (menos 84 do que detém atualmente), arrecadando 23,5% dos votos, o Podemos surgiria logo em segundo lugar, com 20,1% dos votos e 78 a 82 lugares parlamentares. O PSOE surge em terceiro nas intenções de voto, com 19,1% dos votos do eleitorado (75 a 78 lugares) e o partido dos Cidadãos, com 17,1% das intenções de votos (55 a 59 assentos).

Esta sondagem vem mais uma vez mostrar como o colapso do PP e do PSOE permitiram a escalada de outros partidos como o Podemos e o Cidadãos, que surgiu da plataforma “Ciudadanos de Catalunya”.

As eleições legislativas em Espanha ainda não têm data marcada, mas de acordo com a lei deverão calhar entre de novembro – dia em que termina o mandato de Rajoy – e 20 de dezembro.

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Podemos exige a demissão de Rajoy e Montoro

Esta segunda-feira, a direção do Podemos exigiu a demissão do chefe de Governo espanhol, Mariano Rajoy, e do ministro das Finanças, Cristóbal Montoro, bem como a publicação, antes das eleições autonómicas e municipais de maio, da lista das 705 pessoas investigadas por terem beneficiado do esquema de amnistia fiscal, aprovado pelo governo de Rajoy, em 2013.

A direção do Podemos pede que sejam assumidas “responsabilidades políticas” por parte dos “amigos” do ex-presidente do banco espanhol Bankia, entre 2010 e 2012, Rodrigo Rato. O também ex-diretor do Fundo Monetário Internacional e ex-ministro do PP foi detido, e entretanto libertado, à porta de casa, acusado de fraude, branqueamento de capitais e ocultação de bens.