O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, acredita que o Governo helénico não terá que escolher entre pagar os seus empréstimos ou pagar salários e pensões. “Estamos empenhados em alcançar um acordo para evitar entrar nesse dilema catastrófico”, afirmou numa entrevista publicada neste sábado pelo diário “Efymerida ton Syntakton”, citado pela agência noticiosa EFE, referindo-se aos problemas de liquidez cada vez prementes da Grécia.

Atenas ainda não chegou a um acordo com os credores que permitiria o desembolso da parcela do resgaste que está pendente, no valor de 7,2 mil milhões de euros. Em maio, a Grécia terá que pagar 960 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), a que acrescem cerca de 2.800 milhões de euros em salários e pensões.

Sobre a possibilidade da Grécia se financiar no futuro sem um terceiro resgaste, o ministro das Finanças garante que “é possível”, mas somente quando a reestruturação da dívida, que se encontra em discussão, estiver concluída. “Temos quase pronto um plano de recuperação económica, que nos permite sair definitivamente da crise”, explica o governante grego.

Sobre as notícias que dão conta de que o primeiro-ministro grego remodelou a equipa negociadora, tirando Varoufakis da linha da frente, o ministro diz que a remodelação não foi para o afastar, mas antes para promover o vice ministro das Relações Internacionais, Euclidis Tsakalotos. Yanis Varoufakis lembrou que Tsakalotos tem estado presente em todas as negociações, desde o início, enquanto coordenador entre o Governo, o grupo parlamentar, o partido e os técnicos.

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