O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijssebloem, diz que os credores e a Grécia ainda não estão perto de conseguir um acordo, apesar de terem sido alcançados progressos e diz que os problemas nas negociações não estão limitados à relação com o ministro das Finanças grego. Na reunião de Riga, na Letónia, diz que houve uma “explosão de irritação” à devido falta de progressos.

Na próxima segunda-feira os ministros das Finanças da zona euro voltam a reunir-se em Bruxelas para mais uma reunião regular do Eurogrupo. O principal tema em cima da mesa será, mais uma vez, as negociações sobre o programa grego, mas, também mais uma vez, ainda não será desta que se chegará a um acordo.

Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, o também ministro das Finanças da Holanda diz que é preciso mais tempo para conseguir um acordo, mas que ainda não dá para perceber quanto mais tempo será mais necessário, a menos de dois meses de acabar o programa e com Atenas a ficar sem dinheiro nos cofres para honrar os seus compromissos.

O Eurogrupo, diz, está concentrado em ajudar a Grécia a “definir um caminho em direção à sustentabilidade orçamental – alcançando um saldo orçamental primário positivo”, cortando despesa e reorientando recursos, a regressar ao crescimento e a alcançar a sustentabilidade do seu sistema financeiro.

Sobre a relação com Yanis Varoufakis, que é cada vez mais contestado entre os parceiros europeus e que já foi substituído nas negociações diretas com a troika, o responsável do Eurogrupo admitiu o mau ambiente no Eurogrupo, mas retirou alguma pressão sobre o seu homólogo grego.

“Os problemas nunca estão ligados a uma só pessoa. Em Riga houve uma explosão de irritação devido à falta de progressos”, disse.

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