Levar cães para a Austrália sem dizer nada a ninguém é um assunto sério. Que o diga Johnny Depp, que levou os seus dois Yorkshire terriers atrás para umas filmagens e se esqueceu de obter um certificado próprio para o efeito. Resultado: alguma confusão depois, os cães foram resgatados  pelo próprio Depp, que os salvou, num jato privado, da ameaça de abate. Mas o ator enfrenta agora uma acusação que o pode levar dez anos para a prisão.

As autoridades australianas estão a investigar e a ponderar se acusam Depp e o piloto do seu jato privado de terem levado os pequenos Pistol e Boo para Brisbane sem cumprirem o complexo processo exigido pela Austrália para que um animal entre (e saia) naquele território. Além de ser obrigatória uma quarentena de dez dias, os cães devem ser sujeitos a vários tratamentos e a vacinação alguns meses antes da chegada.

Por alegadamente não ter cumprido nada disto, Depp pode ir parar à prisão – num máximo de dez anos – ou ser obrigado a pagar uma multa de 340 mil dólares australianos (cerca de 243 mil euros), caso seja formalmente acusado.

As normas relativas aos cães foram criadas para evitar que certas doenças caninas entrem na Austrália, defende o governo do país, para quem este caso é benéfico por mostrar ao mundo como são as políticas australianas. “Há muito mais pessoas informadas sobre o nosso regime de biosegurança agora, devido a esta situação”, disse Richard Colbeck, assistente do ministro da Agricultura, numa comissão parlamentar. “Tem sido uma ótima promoção ao nosso sistema”, admitiu.

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