O Governo de Hong Kong emitiu um aviso, pedindo aos cidadãos que não viajem até à Coreia do Sul, para evitar mais contágios de Síndrome Respiratória do Médio Oriente, o coronavírus, que já matou sete pessoas no país. O Gabinete de Segurança ativou esta terça-feira o “alerta vermelho” para viagens à Coreia do Sul, o segundo com maior gravidade (o mais elevado é o preto), segundo o diário South China Morning Post.

“A secretaria para a Saúde e Alimentação aconselha os residentes a evitarem viagens à Coreia do Sul que não sejam essenciais, incluindo viagens de turismo. Aqueles que já lá estão devem prestar atenção aos anúncios das autoridades locais e evitar visitas desnecessárias aos centros de saúde”, publicou o Governo.

Este aviso é o primeiro que Hong Kong emite por motivos de saúde. O último foi depois do terramoto no Nepal, no final de abril, em que se recomendava que não se viajasse até ao país por motivos de segurança. Todas as viagens de grupo através de agências vão ser canceladas, o que afeta cerca de 12.000 pessoas de Hong Kong.

Em Macau, o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo emitiu esta terça-feira uma recomendação semelhante, aconselhando os seus residentes a evitarem viagens à Coreia do Sul. De acordo com o gabinete, há atualmente um grupo de Macau em excursão no país, com quatro pessoas, com viagem de regresso agendada para esta terça-feira. Na segunda-feira, os Serviços de Saúde elevaram o grau de alerta para elevado (o segundo de quatro), ativando uma série de novas medidas preventivas.

A Coreia do Sul anunciou esta terça-feira o sétimo caso mortal devido à Síndrome Respiratória do Médio Oriente e confirmou oito novos casos do surto, o maior fora da Arábia Saudita. No total, o número de contágios na Coreia do Sul está agora fixado em 95.

O MERS é considerado um ‘primo’, mais mortal, mas menos contagioso, do vírus responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo. Tal como aquele vírus, provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de febre, tosse e dificuldades respiratórias. Mas de 20 países foram afetados pelo vírus, para o qual não existe vacina ou tratamento. Na Arábia Saudita, mais de 950 pessoas foram contagiadas desde 2012 e 412 morreram.

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