Num comunicado de imprensa, o Governo de Angola veio desmentir as alegações de que o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, teria visitado a República Popular da China para pedir uma extensão do prazo de pagamento da dívida angolana aos credores chineses, tal como noticiaram várias agências de media. O Governo de Angola classificou essas afirmações como “incorretas”.

“Para clarificar, o Presidente de Angola e os ministros do Governo angolano estiveram a discutir com as suas contrapartes chinesas maneiras de expandir a sua capacidade fiscal”, diz o comunicado. Também terão sido discutidas “maneiras do Governo angolano continuar e melhor investir no seu Programa de Investimento Público, e de proceder à implementação do seu Plano de Desenvolvimento Nacional sem comprometer o portefólio de dívida atual, em particular, devido à atual situação de mercado que consiste em baixos preços do petróleo”, lê-se ainda. A queda dos preços do petróleo têm tido um impacto significativo na economia angolana já que mais de 80% das receitas do país provêm da sua comercialização.

O comunicado também refere que a estratégia adotada “inclui a exploração de novos instrumentos financeiros, a expansão do limite de exposição ao risco do país oferecido pela Agência de Crédito de Exportação chinesa, a expansão das oportunidades de financiamento, a melhoria dos termos e condições anteriores para que reflitam as condições atuais dos mercados, como bem como a identificação de projetos estratégicos nas áreas da energia elétrica, abastecimento de água, tratamento de água, e agricultura.”

Segundo o documento, não terá sido pedido por José Eduardo dos Santos nem por nenhum outro ministro angolano a extensão do prazo de pagamento das dívidas angolanas às instituições financeiras chinesas ou ao Governo chinês.

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