Histórico de atualizações
  • Por agora é tudo. Despedimo-nos com a promessa de continuar a acompanhar a atualidade noticiosa face à crise de migração que está a assolar a Europa.

    Continue a seguir-nos em www.observador.pt.

  • Grupo de Visegrado rejeita quotas obrigatórias da UE

    República Checa, Eslováquia, Hungria e Polónia recusaram, esta sexta-feira e por unanimidade, as quotas obrigatórias de divisão dos refugiados chegados à União Europeia (UE). Os países que integram o designado Grupo de Visegrado defenderam o “controlo efetivo” das fronteiras da UE, diz a Lusa.

    “Concordámos que as medidas solidárias sejam voluntárias”, resumiu, durante uma conferência de imprensa, o chefe do governo checo. Bohuslav Sobotka referia-se à proposta da Comissão Europeia, impulsionada pela França e pela Alemanha, de estabelecer quotas obrigatórias face ao número de refugiados com direito a asilo na UE.

  • As imagens do êxodo

    Um mar de gente percorre as ruas e pontes de Budapeste rumo à fronteira austríaca. Há fotografias que mostram as centenas de pessoas que se lançaram a pé, na sexta-feira de manhã, à estrada. Vejas as imagens, nesta fotogaleria.

  • Aylan Kurdi é enterrado na cidade de onde tentou fugir

    Foi a viagem final de Aylan Kurdi — mas também do irmão, Galip, e da mãe, Rihan. Esta tarde, os três corpos foram enterrados em Kobani, na Síria. A cidade de onde a família Kurdi tentou fugir. O corpo do menino que protagonizou a imagem que viria a sensibilizar o mundo chegou esta sexta-feira a território sírio, a sua última morada.

  • "Porque é que eles nos tratam como animais?"

    Um repórter do jornal britânico Telegraph está a acompanhar as centenas de migrantes que marcham desde a estação ferroviária de Keleti, em Budapeste, com destino à Áustria (são cerca de 180 quilómetros de distância).

    Salah Zooabie, um estudante sírio que, tal como tantos outros, está a fazer o percurso a pé conta que pagou 125 euros por um bilhete de comboio, com Áustria a fazer as vezes de destino final. Um bilhete que ainda não conseguiu usar, uma vez que as autoridades húngaras fecharam as linhas de comboio internacionais numa tentativa de travar a onda migratória.

    “Porque é que eles nos tratam como cães, como animais? Nenhum outro país faz isso”, comenta o jovem.

  • Apresentador português cede casa a refugiados

    O apresentador Nuno Graciano revelou, na quinta-feira, que vai ceder a sua casa a migrantes. O anúncio foi feito através de um post publicado no seu perfil de Facebook, onde escreveu que, depois de falar com os respetivos familiares, a casa que tem em Góis vai servir para acolher uma família de refugiados:

    Uma imagem. Uma criança. São tantas imagens, são tantos seres humanos. Chega de conversa é hora de agir, agir cada um de nós. Após falar com a minha mãe, o meu irmão Francisco Navarro, a minha irmã Teresa Graciano. Decidimos. A nossa casa em Góis será cedida a uma família de migrantes. Este post destina-se apenas para que cada um de vós dentro das vossas possibilidades possa também agir.”

  • Igreja tenciona "oferecer" casas desocupadas

    O Diário de Notícias dá conta da existência de dioceses — como as de Matosinhos, Braga e Lisboa — que, neste momento, estão a fazer o levantamento das casas que têm disponíveis. A Igreja Católica portuguesa, que está a trabalhar na referida lista desde meados de agosto, diz ter casas disponíveis para acolher os refugiados: tratam-se de casas paroquiais, seminários ou IPSS.

    O Santuário de Fátima também tem disponibilidade para ceder uma casa para acolher refugiados, informou na quinta-feira à Lusa o bispo de Leiria-Fátima. António Marto acrescentou ainda que, nesta sexta-feira, as paróquias da diocese iam ser contactadas para se saber de que forma podem responder ao flagelo dos milhares de refugiados e migrantes que chegam à Europa provenientes de países em conflito, em África e no Médio Oriente.

  • Multimilionário egípcio quer comprar ilha para alojar refugiados

    É o terceiro homem mais rico do Egito, com uma fortuna avaliada em 2,7 mil milhões de euros. Naguib Sawiris, que acumulou riqueza no mundo das telecomunicações, tem planos para comprar uma ilha italiana ou grega de forma a alojar as centenas de milhares de refugiados que fogem do conflito armado na Síria, conta a Forbes.

    “A Grécia ou a Itália vendem-me uma ilha, eu declaro a sua independência e abrigo os migrantes, dou-lhes trabalho a construir o seu novo país”, disse num tweet publicado esta terça-feira que, entretanto, se tornou viral. À Associated Press, o milionário comentou ainda que existem “dezenas de ilhas desertas” capazes de acomodar centenas de milhares de refugiados.

    Naguib acredita que a sua ideia é viável e insiste que quer levar a proposta a sério. Numa fase inicial, proporcionaria abrigos temporários para os refugiados, os quais teriam, mais tarde, empregos a construir casas, escolas, universidades e hospitais. O milionário garante os refugiados seriam tratados como “seres humanos” nesta nova nação.

  • PAR, a plataforma portuguesa que quer acolher quem mais precisa

    A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), uma iniciativa que nasce da sociedade portuguesa, foi constituída nos últimos sete dias e junta associações como o Conselho Português para os Refugiados, a Cáritas e Unicef Portugal. Numa fase inicial pretende acolher refugiados, à semelhança do que aconteceu com Sabrina, que aos seis anos fugiu da guerra da Bósnia para encontrar refúgio e segurança em solo luso. A história está aqui contada pelo jornalista João de Almeida Dias.

  • Bispos portugueses na fila para ajudar

    Os bispos portugueses também querem ajudar a resolver a crise de migração que tem assolado a Europa. Numa nota enviada, esta sexta-feira, pela Comissão Episcopal Portuguesa (CEP), à qual a Lusa teve acesso, os bispos referem-se à necessidade de “uma resposta concreta” em colaboração com o Estado português e a comunidade internacional. Consideram ser importante “agir em rede europeia e internacional” para “não se perderem esforços nem se diluírem responsabilidades”. Dizem ainda que esta é “uma operação de futuro complexo”. Refira-se que os bispos encontram-se, de momento, no Vaticano para o encontro obrigatório de cinco em cinco anos com o papa.

  • Câmara de Paredes doa mobiliário

    A Câmara de Paredes anunciou, também esta sexta-feira, ter disponibilidade para angariar, junto das empresas do concelho, mobiliário para os refugiados que têm vindo a atravessar o mar Mediterrâneo. A ideia é que as respetivas peças possam equipar residências, escreve a Lusa.

    “O município não pode ficar indiferente a esta crise e manifesta também a sua consternação sobre o drama dos migrantes que tanto tem chocado o mundo”, lê-se no comunicado da autarquia.

    Recorde-se que o concelho de Paredes é o maior produtor de mobiliário do país, sendo responsável por cerca 50% das exportações do setor.

  • FC Porto: 1 euro por cada bilhete para ajudar

    O FC Porto informou esta sexta-feira que vai doar um euro por cada bilhete, reporta a agência de notícias Lusa. Em causa está o jogo com o Chelsea, para a Liga dos Campeões de futebol, que se disputa a 29 de setembro.

    O presidente do clube português, Pinto da Costa, enviou uma carta à UEFA, onde sugere a Michel Platini, presidente do organismo europeu, que os restantes 31 clubes da edição desta época da Champions façam o donativo de um euro por cada bilhete vendido na primeira partida de cada clube como anfitrião.

    A família do futebol tem uma longa tradição de solidariedade e responsabilidade social, é por isso impossível fechar os olhos ao drama dos migrantes e refugiados que tentam entrar em solo europeu”, lê-se na carta.

    A Lusa fez as contas e como lotação do Estádio do Dragão são 50 mil lugares e, se no jogo com o Chelsea o recinto estiver esgotado, o valor que aquele clube pode angariar para os refugiados será na ordem dos 50 mil euros.

  • Êxodo a pé: centenas de refugiados a caminho da Áustria

    Centenas de migrantes e refugiados deslocam-se a pé de Budapeste com destino à Áustria. Segundo o Telegrpah, o êxodo começou pelas 10h00. Fartos de estarem retidos em duas estações ferroviárias da Hungria, os refugiados optaram por se deslocar a pé. Os movimentos de liberdade, assim apelidados pelo Chicago Tribune, acontecem depois de as autoridades húngaras terem impedido, durante dias, que centenas de refugiados (muitos deles fugindo da Síria) entrassem a bordo de comboios com destino à Alemanha. As imagens falam por si.

  • Mais de 400 migrantes em marcha na Hungria

    De acordo com o que está a ser avançado pela Reuters, um homem sírio está a liderar mais de 400 migrantes que se deslocam a pé de Budapeste com destino à Áustria. Conta o Telegraph que alguns meios de comunicação vão mais além e dizem que o número é superior a 1.000.

    Richard Engel, da NBC News, diz que a maioria dos refugiados quer chegar à Alemanha.

  • Nigel Farage: "Enfrentamos um risco seja em Itália, na Grécia ou Hungria"

    O líder do partido eurocético britânico UKIP, Nigel Farage, disse esta sexta-feira em Londres que 95% dos migrantes que entram na Europa são migrantes económicos e listou vários motivos que levam ao alarme e à suspeita.

    “Só têm de olhar para Calais e para o verão de total confusão em Kent… para compreender que enfrentamos um risco – seja em Itália, Grécia ou na Hungria – de alguém ficar muito cansado do que se está a passar e perceber que tudo o que eles [refugiados] têm de fazer é conseguirem passaportes europeus para poderem viajar livremente para o Reino Unido. Não estamos de maneira nenhuma isolados”, disse, citado pelo The Telegraph.

    O líder do UKIP acrescentou que quando o Estado Islâmico diz que vai utilizar o fluxo migratório para voar para a Europa com 500 mil jihadistas, “é melhor prestarmos atenção”. “500 mil pode não ser realista. Mas e se forem 5 mil? Ou 500?”, questiona.

  • UE com 568 mil pedidos de asilo pendentes. Maioria para a Alemanha

    O Financial Times publicou uma infografia com a crise dos refugiados em números, onde se pode ver que o país com mais pedidos de asilo pendentes é a Alemanha, com 306 mil pedidos, seguida (a larga distância) pela Suécia, que tem pendentes 56 mil pedidos. No total da União Europeia, há 568 mi pedidos pendentes.

  • Manuel Clemente: Drama dos refugiados exige "resposta mais humana e capaz"

    O cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, considera que o drama dos refugiados que tentam chegar à Europa “exige de todos” uma “resposta mais humana e capaz”, numa carta enviada aos diocesanos, no início do ano pastoral, segundo a agência Lusa.

    “Na verdade, a dramática situação de tantos milhares de pessoas que demandam a Europa como lugar de paz e sustento para si e para os seus, arrostando com duríssimas dificuldades para chegar e permanecer no nosso continente, exige de todos nós a resposta mais humana e capaz”, lê-se na carta enviada por Manuel Clemente aos diocesanos de Lisboa, no início do novo ano pastoral.

    Todas as famílias, comunidades e organizações católicas “colaborarão inteiramente com as instâncias nacionais e internacionais que se conjugarem nesse sentido, para uma resposta que só pode ser global, dada a complexidade dos problemas a resolver, a curto, médio e longo prazo”, acrescenta a missiva do cardeal patriarca.

    “Tudo se garantirá com um espírito solidário, tão criativo como persistente, que nos há de impulsionar, a nós e a todos”, acrescenta Manuel Clemente.

  • Manuel Valls: Centros de acolhimento são "condição prévia" para repartição obrigatória

    O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse esta sexta-feira que é preciso que haja uma condição prévia para que a repartição obrigatória de refugiados seja aceite: a criação de centros de acolhimento.

    “Para que a repartição obrigatória seja aceite e possível é claro que é preciso uma condição prévia: é a criação (…) de centros de acolhimento”, disse Manuel Valls, citado pela agência Lusa.

    O primeiro-ministro francês defende que os centros permitam uma triagem ao identificarem as pessoas suscetíveis de obterem asilo na Europa e seriam instalados “na Itália, na Grécia, na Hungria”.

    “Permitem distinguir os que devem ser protegidos daqueles que devem ser deportados para os seus países de origem, os migrantes económicos”, explicou Valls.

    A presidência francesa emitiu na quinta-feira um comunicado anunciando que a França e a Alemanha vão transmitir a Bruxelas “propostas comuns para organizar o acolhimento de refugiados e uma repartição equitativa na Europa” e para “harmonizar as normas para reforçar o sistema de asilo europeu”.

    Objetivo: “assegurar o regresso dos imigrantes irregulares aos seus países de origem e dar o apoio e a cooperação necessários aos países de origem e de trânsito”.

  • Peter Bucklitsch diz que Aylan morreu porque os pais foram "gananciosos"

    Peter Bucklitsch, deputado do partido eurocético britânico UKIP, fez um post polémico no Twitter. Escreveu que o menino que foi encontrado morto numa praia da Turquia, Aylan Kurdi estava “bem vestido e bem alimentado” e que “morreu porque os seus pais foram “ganaciosos e quiseram a boa vida” europeia. “Furar a fila tem o seu custo”, diz, citado pelo Huffington Post espanhol.

    Depois da polémica, o tweet foi apagado e a conta de Twitter eliminada, mas é possível encontrar imagens do mesmo na internet.

    Depois das respostas dos utilizadores ao post, o deputado ainda chegou a dizer, noutro post, que a Turquia não é um lugar onde a família estivesse em perigo. “Deixar esse lugar seguro pôs a família em perigo”. As reações seguiram-se, com os utilizadores a lembrarem o deputado que os sírios que estão refugiados na Turquia não estão seguros.

  • Grécia regista valor recorde de entrada de migrantes

    Na quinta-feira, entraram 5.600 migrantes entraram na Macedónia, vindos Grécia. Este valor recorde representa mais de duas vezes o número diário que tem sido habitual e que oscila entre 2.000 e 3.000 pessoas, informou esta sexta-feira a ONU.

    A porta-voz do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Melissa Fleming, disse, num encontro com a imprensa, que é difícil prever o que vai acontecer nas próximas semanas, conta a agência Lusa.

    Bertrand Desmoulins, representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) na Macedónia, avançou que “o fluxo (de migrantes) tem aumentado” e que a proporção de mulheres e crianças está em constante progressão.

    “As autoridades (macedónias) só registam metade das pessoas” que chegam da Grécia, o que as impede de terem acesso à ajuda humanitária distribuída nos centros de acolhimentos, lamentou, respondendo por telefone a perguntas dos jornalistas em Genebra.

    Perto de 365.000 migrantes e refugiados atravessaram o Mediterrâneo desde janeiro e mais de 2.700 morreram, de acordo com os dados divulgados hoje pela Organização Internacional para as Migrações. Mais de 245.000 chegaram à Grécia e mais de 116.000 à Itália.

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