O candidato presidencial comunista Edgar Silva disse esta quinta-feira que o chefe de Estado deve ser o “primeiro e maior porta-voz” da população e, se chegar a esse lugar, estará “sempre do lado do povo”.

“O Presidente da República, de acordo com as suas competências, deve ser o primeiro e último provedor do povo na República, tem de estar sempre do lado do povo, ser o primeiro e maior porta-voz”, vincou o candidato. Edgar Silva falava aos jornalistas no final de um encontro com o cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, no Patriarcado da capital.

Referindo-se em concreto às recentes cheias em Albufeira, o comunista lembrou que as pessoas que sofreram danos na ocasião “querem ter um sinal de esperança e não foi isso que aconteceu” da parte dos agentes políticos, inclusive do chefe de Estado.

“O Presidente da República tinha de estar do lado destas vítimas”, advertiu. Na reunião com Manuel Clemente foram abordadas matérias como as “grandes clivagens sociais” na sociedade atual. “Estivemos a apresentar o nosso compromisso de candidatura, de que é possível um país diferente, de justiça, desenvolvimento e progresso”, disse Edgar Silva.

Questionado sobre se uma solução política de governo à esquerda poderia facilitar esse caminho para o país, o candidato a Belém sublinhou que “as soluções de governo que possam estar a ser construídas resultarão da natural legitimidade dos deputados e do parlamento” e foi mais longe: “Vejo como uma atitude muito positiva tudo o que venham a ser esforços no sentido de uma convergência para soluções que permitam a Portugal um novo rumo, de justiça, desenvolvimento e progresso”.

E rematou dizendo que enquanto eventual Presidente o seu compromisso é sempre o de “respeitar totalmente aquelas que venham a ser as decisões dos parlamentares”.

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