Humberto Pedrosa, empresário líder do consórcio que venceu a privatização da TAP, diz-se “disponível para conversar” sobre as intenções de António Costa, caso venha a liderar governo, de não perder a maioria do Estado no capital da companhia aérea. Em declarações ao Diário Económico, o dono da Barraqueiro admite “ficar minoritário, ou não” e diz que isso “vai depender das condições” que venham a ser negociadas. Mas deixa um aviso claro: “é um facto que a TAP precisa de uma gestão privada“.

Na entrevista ao Diário Económico, Humberto Pedrosa admite, também, que poderá levar o Estado a tribunal. “Analisaremos todos os cenários, incluindo o de poder recorrer para os tribunais de uma eventual revogação do contrato”, afirma o líder do consórcio Atlantic Gateway, que integra o empresário David Neeleman, da Azul.

“Estou bastante entusiasmado com a compra da TAP. Se esta hipótese for gorada, fico naturalmente triste“, acrescentou Humberto Pedrosa. “Tenho pena mas também posso dizer que fico aliviado, uma vez que será menos trabalho e menos responsabilidade”, remata o empresário. Perante esta ambivalência de sentimentos, Pedrosa tem uma certeza: “não há condições para o Estado reverter a totalidade da privatização. É a dívida da empresa, é o investimento que é necessário fazer… só se for para fechar“.

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