David Cameron pediu ao Parlamento britânico a extensão dos ataques aéreos contra o Estado Islâmico a alvos na Síria, dizendo aos deputados que o grupo terrorista que controla território no Iraque e na Síria é hoje uma das maiores ameaças à segurança do país.

Numa resposta escrita enviada à comissão de negócios estrangeiros do Parlamento britânico (na íntegra aqui), o primeiro-ministro diz que os terroristas usam o território que controlam no norte da Síria como santuário, onde planeiam e a partir do qual lançam atentados contra cidadãos britânicos.

David Cameron, já tinha anunciado que queria que a força aérea britânica passasse a bombardear alvos do Estado Islâmico na Síria (já o faz no Iraque) quando se encontrou com François Hollande na segunda-feira, e estará hoje no Parlamento britânico a defender esta posição.

O líder do governo britânico argumenta também que os britânicos não podem continuar a fazer outsourcing do combate ao terrorismo no governo aos seus aliados, alguns deles, caso da Austrália, que estão a atravessar meio mundo para atacar o Estado Islâmico, mas também sublinha que não se trata apenas de atacar o Estado Islâmico.

No documento, David Cameron diz que a extensão dos ataques são apenas uma parte de um plano mais abrangente que tem em vista negar controlo territorial ao Estado Islâmico, mas também o fim da guerra civil na Síria. Para isto, David Cameron insiste que a solução continua a passar pelo apoio à oposição, mais moderada, ao regime de Assad, algo que a Rússia e o Irão não parecem estar dispostos a permitir.

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