O ex-presidente da Câmara de Matosinhos, Narciso Miranda, acusado pelos crimes de abuso de confiança e falsificação de documentos, conhece hoje a sentença no tribunal local.

Narciso Miranda está acusado de ter usado, em proveito próprio, 37.500 euros, dinheiro proveniente de uma subvenção estatal à sua candidatura à Câmara de Matosinhos, em 2009, ano em que concorreu como independente.

Juntamente com o antigo autarca estão a ser julgadas mais duas pessoas, ambas ligadas ao setor da construção civil, pela alegada prática, em coautoria, dos mesmos crimes.

Durante as alegações finais, a procuradora do Ministério Público (MP) pediu a condenação dos três arguidos, sem referir penas específica.

Na primeira audiência de julgamento, o ex-autarca realçou que a verba foi usada para fazer obras na sede de campanha — Associação Narciso Miranda-Matosinhos Sempre.

“Houve um atraso na fatura e só paguei em dinheiro porque o empreiteiro estava em processo de insolvência”, disse, na altura.

Em janeiro de 2015, Narciso Miranda foi absolvido, enquanto presidente do Conselho de Administração da Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede Infesta (ASMSMI), em Matosinhos, de adjudicar serviços a empresas de que faziam parte familiares, alguns deles de forma ilegal ou nunca realizados, e simular o roubo de um ‘smartphone’ para receber um modelo mais recente.

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