Não há nenhuma coligação entre PSD e CDS na oposição. Pedro Passos Coelho afirmou esta quarta-feira que há alguma distração na sociedade quanto a isso.

Questionado pelos jornalistas sobre um possível fim da coligação PSD/CDS, o líder do PSD argumentou: “Com certeza que as pessoas estarão distraídas, porque o PSD e o CDS tinham um acordo de coligação de governo e o governo foi derrubado no Parlamento. Portanto, o acordo de coligação já não existe”. À entrada para o jantar de Natal do grupo parlamentar do PSD, Passos Coelho acrescenta que não é necessário “nenhum ato formal para lhe pôr termo”.

Recorda que existe um passado de governo entre ambos os partidos e que foram a eleições com um programa conjunto que foi “sufragado” pelos portugueses”, além de que nenhum dos partidos “teve que fazer concessões extraordinários ao outro”. E, por isso, Passos Coelho diz que existe “hoje, uma proximidade” e uma “boa relação” com o CDS, afirmando que este partido é um “interlocutor privilegiado” para o PSD.

Depois da queda do Governo PSD/CDS com uma moção de censura do PS, em novembro, os dois partidos de direita prometeram articulação na Assembleia mas essa articulação já está a provocar tensões internas.

Fontes sociais-democratas assumem ao Observador que a estratégia de António Costa em virar à esquerda está a deixar o centro descoberto e que o PSD deveria aproveitar melhor essa oportunidade posicionando-se sozinho e sem amarras à direita. “O PSD é um partido do centro”, frisava esta tarde no Parlamento um ex-governante ao Observador.

*Editado por Helena Pereira

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