Líderes de diferentes confissões religiosas, entre os quais o cardeal-patriarca de Lisboa, participam no sábado, às 17h00, na vigília pela paz “10 milhões de estrelas”, organizada pela Cáritas, foi hoje anunciado.

“Porque o Diálogo, a Justiça e a Paz são valores fundacionais da sustentabilidade de qualquer sociedade, bens de toda a humanidade, e porque a violência, o medo, a xenofobia, o racismo não se vencem com a violência, o encerramento de fronteiras, a construção de muros, a exclusão, e a indiferença”, a Cáritas Diocesana de Lisboa, em parceria com o patriarcado e a Câmara Municipal da capital, “decidiu organizar uma Vigília pela Paz”, lê-se no comunicado divulgado pelo patriarcado.

“A crise dos refugiados e a crise migratória no geral, sobretudo nas suas causas, têm levado ultimamente a uma maior e repetida afirmação e defesa do valor incondicional da Paz”, alerta o documento, que acrescenta: “A violência, à escala mundial, é notícia diária, e é tal a sua dimensão que se sucedem alertas para o perigo real de uma guerra mundial”.

O texto alerta também para “a violência de uns contra outros, em casa, na escola, no trabalho, no espaço público” que “é um fenómeno com proporções muito preocupantes”.

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A vigília realiza-se no salão nobre dos paços do concelho e na praça do município, em Lisboa, e terá a presença do cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, de líderes de confissões religiosas e Igrejas cristãs, representantes da câmara municipal de Lisboa (o vereador João Afonso) e de outras instituições públicas e particulares”.

Na vigília, o “Círio da Luz da Paz”, feito à mão e com mais de 13 anos, proveniente de uma fábrica de cera de Cardigos, na Beira Baixa, será aceso por uma família de refugiados do Iraque, que reside em Lisboa há seis anos.

Cinco jovens vestidos com as cores dos cinco continentes transportarão a “Luz da Paz” para a sala de entrada dos paços do concelho.

A vigília é encerrada com atuação, nas escadarias do edifício, dos coros Tejo e Santo Amaro de Oeiras.

“Em vésperas de Natal, esta iniciativa quer ser um compromisso público a favor do Diálogo, da Justiça e da Paz, e propagar-se pelo mundo inteiro como apelo que chega de Lisboa -Cidade de Paz”, remata o Patriarcado.