Num ano em que a moda teve contratações e saídas ao nível de uma pré-época de futebol, com o regresso de John Galiano, a estreia de Alessandro Michele na Gucci, as despedidas de Raf Simons da Dior, Alber Elbaz da Lanvin, Alexander Wang da Balenciaga, e ainda as reformas de Donna Karan e de Ralph Lauren, houve várias tendências a competir entre si nas passerelles e uma máquina do tempo que tanto estacionou nos anos 90 como quis provar que os sixties e os seventies é que deveriam estar aqui e agora.

Passando 2015 em revista, há momentos que se destacam sem precisar de um top de lantejoulas brilhante — uma das peças do ano –, como a aparição surpresa de Zoolander e Hansel no desfile da Valentino, o aeroporto Chanel a elevar ainda mais a originalidade dos cenários escolhidos por Karl Lagerfeld para apresentar as novas criações da marca, a colaboração entre a Balmain e a H&M — cuja apresentação (ainda antes do caos a que se assistiu nas lojas) teve direito a um mini-concerto dos Backstreet Boys –, ou o momento em que os bastidores de uma coleção de alta-costura da Dior chegaram às salas de cinema.

Mas é nas ruas que também se toma o pulso a uma indústria cada vez mais acelerada, com designers que apresentam coleções para cada estação, pré-estação e resort, relatórios que lançam tendências (e que agora falam em chaos magic) ou fashion bloggers com milhões de seguidores que levam a que um artigo esgote em segundos através de uma simples fotografia no Instagram. E nas ruas houve muita variedade este ano, alguma ousadia e uma certa apetência por regressar ao do it yourself e garantir uma dose de personalização numa era massificada.

Em fotogaleria fazemos um balanço afetivo desses fenómenos e alguma futurologia, reunindo 15 tendências que vimos em 2015 e que provavelmente (pelo menos gostávamos) continuaremos a ver no próximo ano.

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