Num só dia, a Arábia Saudita executou 47 pessoas condenadas por terrorismo, entre as quais jihadistas sunitas da Al-Qaeda e o clérigo xiita Nimr Baqir al-Nimr, figura da contestação contra o regime saudita, que tinha sido detido em 2012, anunciou, este sábado, o Ministério da Administração Interna local.

Muitos dos que foram executados, em 12 cidades diferentes, estiveram envolvidos numa série de ataques levados a cabo entre 2003 e 2006, avançou o ministro numa declaração transmitida pela televisão.

A morte que tem estado a gerar mais reações é a do clérigo Nimr al-Nimr. Vários responsáveis, iraquianos e iranianos, têm condenado a execução.

O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Ansari Jaber, já avisou que a Arábia Saudita vai pagar um “preço elevado” pela execução do dignitário religioso xiita. Já o irmão de Nimr Baqir al-Nimr avisou que a morte do xiita poderá desencadear uma reação de “ira dos jovens xiitas na Arábia Saudita”, ao mesmo tempo que apelou à calma.

Estas são as primeiras execuções de 2016 na Arábia Saudita, um país ultraconservador que executou perto de 160 pessoas em 2015.

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