Atenção: se receber uma mensagem escrita no seu telemóvel a cobrar taxas moderadores em dívida com entidade e referência, não pague e denuncie a situação.
Isto é o que recomenda a Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULS) depois de receber uma denúncia de uma utente que recebeu dois SMS a cobrar a respetiva quantia, noticia o Jornal de Notícias na sua edição impressa desta sexta-feira. Esta notificação motivou de imediato uma queixa no Ministério Público por uso indevido do nome da instituição que engloba o Hospital Pedro Hispano e todos os centros de saúde de Matosinhos.
Mais do que isso, já terão sido enviadas 18 mil mensagens a utentes com consultas ou exames nos próximos dias a avisar do sucedido e a informar que as cobranças são realizadas apenas por carta. Fonte da unidade pediu, em declarações ao JN, que quem receber a mensagem não a apague e denuncie a situação.
A DECO, contactada por aquele jornal, esclarece que é a primeira vez que está colocada perante este tipo de burla envolvendo taxas moderadoras. Mas o grande desafio da polícia neste momento é descobrir como foi violada a base de dados do hospital e dos centros de saúde, permitindo o envio das mensagens para utentes específicos.
Tudo isto teve origem numa utente que recebeu, no início do mês, uma mensagem onde se pedia para que pagasse taxas moderadoras, com referência e entidade, em nome da ULS de Matosinhos, ameaçando-se inclusivamente com coimas se o pagamento não fosse realizado. A mulher pagou essa pequena quantia.
O problema é que dias depois a mesma utente recebeu outra mensagem com outra cobrança, mas para uma quantia superior. O número, a referência e a entidade eram os mesmos. Confrontada com esta situação, a utente do SNS dirigiu-se ao hospital e denunciou o ocorrido.