O ministro da Economia afirmou hoje à Lusa que os contactos mantidos com investidores no Fórum Económico Mundial de Davos “foram muito positivos” e “contrariam” a ideia de “que há um pessimismo” relativamente a Portugal.

Manuel Caldeira Cabral vai estar em Davos, Suíça, até sábado, onde terá encontros com representantes da Comissão Europeia e de alguns países presentes no Fórum Económico.

“Os contactos que tivemos aqui já com investidores e com pessoas do mundo financeiro foram muito positivos, não só porque, de facto, contrariam muito a ideia de que há um pessimismo, pelo contrário, o que notámos aqui foi muito interesse em Portugal, muito interesse em saber mais sobre o país, em saber mais já com a perspetiva de investir”, afirmou o governante, que está em Davos, na Suíça, desde quinta-feira.

Segundo o ministro da Economia, os investidores que estão em Davos “têm uma perspetiva muito positiva sobre a evolução do país [Portugal], querem saber mais, estão neste momento a perceber que o novo Governo é um governo que quer trazer investimento direto estrangeiro para Portugal e estão interessados em perceber quais são os setores, quais são as oportunidades e isso é muito interessante”.

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“É um sentimento muito interessante que encontrei, nesse aspeto, em Davos”, afirmou Manuel Caldeira Cabral.

O ministro classificou ainda de “muito interessante” o tema que está em discussão no Fórum Económico Mundial, que é a quarta revolução industrial.

“É um dos temas que estamos a pôr na agenda com muita força, que é a indústria 4.0, que é a digitalização da indústria ser um dos temas fortes em discussão” em Davos, considerou.

“É muito interessante porque mostra que este é um tema que é uma nova revolução industrial que esta já a acontecer, e é uma revolução industrial em que Portugal, em vez de chegar atrasado como chegou à última revolução industrial (…), pode estar na linha da frente, Portugal tem de facto muito bom ‘software'”, disse, acrescentando que o país “pode beneficiar muito” desta quarta revolução.

Para o governante, esta será “uma oportunidade muito boa para os setores tradicionais” que permitirá a ligação direta aos clientes, o que permite a indústrias como a portuguesa aumentar a sua margem (que atualmente fica nos distribuidores) “, o que “vai permitir criar mais valor em Portugal e isso é muito interessante”.

Manuel Caldeira Cabral vai ter hoje “muitos contactos”, quer com investidores, quer com responsáveis de entidades financeiras, representantes de outros países e da Comissão Europeia.

“Porque este é um sítio ideal para fazer esses contactos e também para explicar melhor qual é a política do novo Governo, para explicar também melhor os dados do Orçamento [do Estado para 2016]”, adiantou.