Mais de 22.600 casos de infeção com o vírus Zika foram confirmados na Colômbia, o segundo país mais afetado, onde houve também um aumento dos casos da síndrome neurológica de Guillain-Barré, indica um balanço oficial hoje divulgado.

“Os casos de Guillain-Barré (…) aumentaram cerca de 66%”, afirmou hoje o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, a propósito desta síndrome associado ao vírus Zika, depois do anúncio da morte de três pessoas.

No total, foram identificados 25.645 casos de infeção com o vírus Zika, 22.612 casos confirmados e 3.033 suspeitos, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde no seu mais recente balanço semanal.

Juan Manuel Santos, no final de uma reunião hoje de manhã com as autoridades de Saúde da Colômbia, sublinhou que nenhum caso de microcefalia fetal tinha sido registado entre as mulheres grávidas contaminadas pelo vírus.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Não há um único caso de um bebé com microcefalia de mulheres contaminadas com o Zika”, afirmou o presidente colombiano, apelando a um reforço da prevenção contra o vírus, transmitido por mosquitos e para o qual ainda não há vacina.

O Zika provoca sintomas gripais, como febre, dores de cabeça e dores no corpo. Mas é também suspeito de causar, em mulheres grávidas, defeitos congénitos graves no feto, como a microcefalia (redução da circunferência da cabeça, prejudicial ao desenvolvimento intelectual).

Este vírus está também associado à síndrome de Guillain-Barré, uma doença neurológica que pode causar paralisia irreversível.