Um funcionário da embaixada dos EUA no Bangladesh e um outro homem foram “agredidos até à morte” esta segunda-feira, reporta a CNN. O ato brutal ocorreu em Dhaka, capital do Bangladesh. A morte de Xulhaz Mannan, foi lamentada pela embaixada americana que se referiu a Mannan como “um querido amigo”.
Mannan estava num apartamento com um amigo, Mahbub Tonoy, quando seis homens irromperam pela casa adentro. Apresentaram-se como sendo funcionários dos correios e referiram que tinham um pacote para entregar. Os dois homens acabaram por morrer na sequência de agressões com facas e outros objetos, avançou a polícia de Kalabagan.
Tonoy pertencia ao conselho executivo da revista cujo editor era Xulhaz Mannan.
O ex-funcionário da embaixada era também chefe de redação da única revista LGBT do Bangladesh, aponta a BBC. A publicação chama-se Roopbaan e define-se como “uma plataforma que promove os direitos humanos e a liberdade de amar no Bangladesh”, acrescenta o Independent. Não são conhecidos mais detalhes.
Xulhaz Mannan, editor of Bangladesh's only LGBT magazine, hacked to death in Dhatan https://t.co/NFMRGcr2Ab pic.twitter.com/VvbCjlS529
— IBTimes UK (@IBTimesUK) April 25, 2016
A embaixadora dos EUA no Bangladesh já disse estar “devastada com a morte brutal do Xulhaz Mannan”. Marcia Bernicat acrescentou em comunicado: “Nós abominamos este ato de violência sem explicação e pedimos encarecidamente ao Governo do Bangladesh para prender os criminosos que estão por trás destes homicídios o mais rapidamente possível”.
Xulhaz Mannan, the editor of Bangladesh’s only LGBT magazine hacked to death in Dhaka. Awful news. https://t.co/AUC6AucU7m
— Samira Shackle (@samirashackle) April 25, 2016
As autoridades do Bangladesh têm negado repetidamente que grupos islamitas inspirados em movimentos estrangeiros tenham atividade no seu território. No entanto, analistas consideram que a longa crise política que atravessa o país radicalizou a oposição e que os islamitas armados são um perigo crescente no Bangladesh.