Dezenas de milhares de civis estão encurralados na cidade síria de Manbij, no norte do país, depois de forças dos EUA terem cercado o grupo extremista Estado Islâmico, afirmou este sábado o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

As Forças Democráticas Sírias (FDS) cercaram Manbij na sexta-feira, cortando a principal estrada de abastecimento do grupo Estado Islâmico entre a Turquia e Raqa, a capital do grupo terrorista.

O Observador Sírio para os Direiros Humanos, um organismo britânico, disse que aviões de guerra da coligação com os EUA estão a realizar raides de bombardeamentos em Manbij.

Dezenas de milhares de civis que ainda estão lá, não podem deixar [a cidade] pois todas as estradas estão cortadas”, avançou à AFP o responsável do Observatório, Rami Abdel Rahman.

O enviado dos EUA para a coligação contra o movimento Estado Islâmico, Brett McGurk, referiu que foi cortada uma estrada que é importante para os extremistas do Estado Islâmico.

“Os terroristas do ISIL estão agora completamente cercados, sem maneira de sair”, escreveu aquele responsável no Twitter, usando outro nome para o movimento Estado Islâmico.

Manbij está nas mãos do grupo terrorista desde 2014 e o Observatório referiu que milhares de habitantes abandonaram recentemente a cidade, quando os ataques aéreos se intensificaram.

“As padarias da cidade não abrem desde sexta-feira e a comida começa a ser escassa”, acrescentou Rami Abdel Rahman.

O responsável do Observatório acrescentou que, pelo menos, 159 combatentes do grupo Estado Islâmico, 22 tropas do FDS e 37 civis foram mortos, desde que a coligação lançou a ofensiva a Manbij, a 30 de maio.

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