O secretário da Defesa norte-americano, Ashton Carter, lamentou esta sexta-feira o facto de a Rússia ter bombardeado combatentes, apoiados pelos Estados Unidos, que lutavam contra o grupo extremista Estado Islâmico, no sul da Síria.

Segundo fontes norte-americanas, a força aérea russa bombardeou esta sexta-feira os combatentes anti-Estado Islâmico, apoiados pelo Pentágono na região de Al-Tanaf, um posto fronteiriço entre a Síria e o Iraque.

O governante sublinhou que esta ação se mostrou contrária à intenção de lutar contra o grupo extremista, expressa por Moscovo.

“Um exemplo de que [os russos] atacaram as forças que combatem o grupo Estado Islâmico”, em vez de se focarem nos jihadistas, declarou Carter aos jornalistas.

Ainda assim, Carter admitiu que os aviões russos talvez tivessem cometido um erro de identificação. A ser verdade, este acontecimento é indicativo “da qualidade da informação em que [os russos] baseiam os seus ataques”, acrescentou.

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O Observatório Sírio dos Direitos Humanos confirmou que os ataques aéreos, contra os combatentes do novo exército sírio, causaram duas mortes.

De acordo com a mesma fonte, o grupo criado em 2015 integra 125 combatentes não islâmicos, treinados pelos norte-americanos e pelos britânicos, num campo da coligação internacional na Jordânia.

Estes militantes são principalmente oriundos de Deir Ezzor, um reduto do Estado Islâmico.

No seu boletim diário, publicado ontem à noite, o ministério da defesa russo não fez alusão aos bombardeamentos.