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By The Wine

Rua das Flores, 41-43, Chiado. 21 342 0319

O teto arqueado coberto por três milhares de garrafas vazias fala por si e convida a entrar. As fotografias de outros tempos e as publicidades antigas ajudam a ficar. Já passou mais de um ano desde que o By The Wine abriu as portas, à rua das Flores, mas nem por isso perdeu o fator “uau”. Lá dentro continuam a chegar às mesas — ou aos barris de vinhos já vazios — tábuas de queijos e enchidos que fazem companhia aos vinhos a copo (ou à garrafa) da produtora José Maria da Fonseca. Todo o portfólio da empresa está disponível, bem como pão caseiro algarvio, ostras do Sado, ceviche de salmão e sobremesas que, dizem os senhores da casa, vão bem com os habituais Moscatéis de Setúbal.

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By the wine

Neste bar é possível provar a copo os muitos vinhos da José Maria da Fonseca. © By The Wine

The Wine Cellar

Rua de São Paulo, 49, Cais do Sodré. 21 347 0098

Pode muito bem ser considerada a adega do Cais do Sodré, com cerca de 250 referências de vinho exclusivamente português a caberem em apenas 30 metros quadrados. O pequeno mas grande espaço é do mesmo proprietário do Grapes & Bites, no Bairro Alto, e abriu a 17 de março deste ano. De lá para cá tem cativado os enófilos desta vida. Certamente que na escolha de entrar e sentar (quando há lugar) está a vasta lista de vinho a copo — dos 3,50€ aos 40€ –, que só não contempla propostas dos Açores. Mas nem todos os vinhos são vendidos neste formato, até porque do alto das prateleiras é possível avistar-se alguns exemplares de Pêra Manca e Barca Velha, dois dos vinhos mais caros do país. E onde se bebe também se come, com os habituais queijos e enchidos a ocuparem a mesas, a par e passo com refeições menos ligeiras.

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Abriu em março para dotar o Cais do Sodré de uma garrafeira imperdível. © The Wine Cellar

Lisbon Winery

Rua da Barroca, 13, Bairro Alto. 21 826 0132

Estávamos em dezembro de 2015 quando a Lisbon Winery abriu as portas no coração do Bairro Alto. O objetivo? Dar a conhecer aos transeuntes, portugueses ou turistas, o potencial vinícola do país de Camões num ambiente cuidado, com direito a uma cisterna do século XVI e música ambiente em decibéis comedidos. Na carta de vinhos (mais de 200 referências, a começar nos 4€) estão propostas de pequenos produtores, escolhidas a dedo para chegarem ao copo de pé alto e boca larga. O Lisbon Winery não é (e não quer ser) um restaurante convencional de faca e garfo, pelo que na carta não vai encontrar 20 pratos diferentes, apenas queijos e enchidos a fazerem jus à arte de petiscar.

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O Lisbon Winery quer dar de beber vinho português a quem visita o Bairro Alto. © Lisbon Winery

Chafariz do Vinho

Rua da Mãe de Água, Praça da Alegria. 21 342 2079

Quem desce do Príncipe Real para a Praça da Alegria dá de caras com o Chafariz do Vinho, tido como o primeiro bar de vinhos da capital. Pode ter sido um espaço em tempos dedicado à água, mas hoje é o vinho que o faz pulsar, com uma carta composta por centenas de néctares selecionados pelo jornalista e escritor João Paulo Martins, que há muito nos habituou ao guia anual “Vinhos de Portugal”. O vinho a copo começa nos 2€ e não se limita às fronteiras de Portugal — há propostas francesas, alemãs, australianas, italianas, argentinas e até italianas –, sem esquecer verdadeiras raridades que têm sabido resistir ao tempo.

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É tido como o primeiro “wine bar” da capital. Abriu em 1998 e o sucesso dura até hoje. (Fotografia retirada do Facebook)

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Capela Incomum

Travessa do Carregal, 77, 79 e 81, Cedofeita. 22 201 1849

De um antigo local de culto abandonado nasceu um wine bar verdadeiramente incomum. Nesta capela, situada na Baixa do Porto, não é preciso benzer-se à entrada ou rezar de joelhos no chão e dedos entrelaçados. A ideia é antes levar à boca um trago de vinho, seja ele tinto, branco, verde, rosé, espumante ou licoroso, na companhia dos vitrais que decoram o teto e do altar em madeira com relevos de cenas religiosas. O espaço foi inaugurado em fevereiro para converter quem lá entra ao culto do vinho, pelo que na carta estão dezenas de referências de cunho nacional, com copos de vinho a partir dos 3€, e morcelas e chouriços que assam na mesa, à frente dos clientes. E porque ali comete-se o pecado da gula, a proprietária teve o cuidado de enviar uma carta ao Bispo do Porto, na altura ainda D. Manuel Clemente, que em resposta abençoou a ideia. Ámen.

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Este “wine bar” foi abençoado pelo bispo do Porto, então D. Manuel Clemente. © Diogo Oliveira / Observador

Candelabro

Rua da Conceição, 3, Baixa.

Onde há livros também há vinhos. E talvez o Candelabro seja um dos exemplos máximos de um casamento feliz entre letras e castas. A antiga livraria, que funcionou desde 1952 a 2008, cedeu lugar a wine bar, um dos primeiros a servir vinho a copo na Invicta. Quase dez anos depois, o café continua a fazê-lo dentro e fora de portas, por estar virado para uma pequena e sossegada praça e ser pequeno para as muitas pessoas que aparecem. A carta de vinhos com cerca de 30 referências — com o vinho a copo a variar entre os 2€ e os 4€ — é acompanhada por um constante vaivém de livros que tanto podem ser consultados no local como adquiridos e levados para casa. Às muitas capas e páginas acrescentam-se os discos de vinis, os posters (desde a tabela periódica às imagens alusivas ao cinema dos anos 1950), as fotografias e os mapas, também eles para venda. No ambiente intimista, com a luz propositadamente a meio gás, podem ainda provar-se húmus, salada de polvo e bruschettas.

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Aqui, livros e vinhos contam uma mesma história. © Café Candelabro

Churchill’s

Rua da Fonte Nova, Vila Nova de Gaia. 22 370 3641

É um jardim e uma esplanada que servem de complemento às caves Churchill’s, em Vila Nova de Gaia. O espaço agradável — onde até Churchill ia gostar de beber vinho do Porto — só existe desde 2014, altura em que a produtora resgatou-o de uma finalidade menos apetecida (era, até então, um terreno quase abandonado, destinado a criação de patos). Desde o início de verão que a zona sossegada e com vista desafogada sobre o rio cedeu espaço e encanto para a criação do Bar Douro, onde é possível provar mais do que uma referência de vinho do Porto e do Douro da companhia britânica e ainda meter o dedo em propostas de finger food — desde pataniscas a queijos e enchidos –, conceito gastronómico em vigor até ao final do mês de agosto.

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O Bar Douro só abriu este verão, para felicidade dos portuenses e não só. © Sara Otto Coelho / Observador

Aduela

Rua das Oliveiras, 36, Baixa. 22 208 43 98

Em tempos foi um armazém de máquinas de costura, hoje um bar assumidamente procurado para um copo de vinho ao fim da tarde. O Aduela prolonga-se porta fora, com uma pequena esplanada virada para o Teatro Carlos Alberto, e promete um trio maravilha: vinho e petiscos (conservas incluídas) sobre a mesa e música do mundo no ar. A isso juntam-se o encanto das portadas de madeira, colunas em pedra e mobiliário vintage que ajudam ao ambiente retro do Aduela, à semelhança do que acontece em alguns espaços no centro histórico do Porto.

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No Aduela há vinho a copo e músicas do mundo. © Aduela