Momentos-chave
- Cage The Elephant: um desfile de hits
- The Vaccines, uma injeção de indie rock
- Jack Gardner. Afinadinho, apenas isso
- King Gizzard & The Lizard Wizard: estes cabeludos sabem o que fazem
- Crocodiles: foi justo
- Sean Riley & The Slowriders tiveram um convidado especial
- Lágrimas por Kevin Morby
- É assim a vida no Rio Coura
Histórico de atualizações
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A sexta-feira começou mortiça, mas o final da noite foi em cheio. The Vaccines, Cage The Elephant e, “top of the pops”, King Gizzard & The Lizard Wizard, a dar um enxerto de rock a uma plateia que elegeu o “crowdsurfing” como nova modalidade no Vodafone Paredes de Coura.
Por hoje ficamos por aqui, amanhã cá estaremos para o quarto e último dia.
Se ainda tem pernas e andamento, recomendamos que dance ao som do nosso bem conhecido Moullinex, nas After Hours. Até amanhã.
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Cage The Elephant: um desfile de hits
Os Cage The Elephant eram, sem sombra de dúvidas, o nome forte do cartaz deste terceiro dia. À sua espera, tinham uma multidão entusiasmada, que já tinha apanhado o balanço com os explosivos King Gizzard e com os The Vaccines. Como não podia deixar de ser, também não faltou crowdsurfing.
O concerto dos norte-americanos, nascidos no Kentucky, foi um desfile de grandes hits. O alinhamento incluiu músicas como “Too Late to Say Goodbye” ou “Cigarette Daydreams”, que levaram o público ao rubro. A cantoria era tanta que por vezes mal se conseguia o vocalista, o enérgico Matthew Shultz.
Quem se encaminhou até ao festival para ver os Cage The Elephant, de certeza que não saiu desiludido. Afinal, eles já andam por cá há dez anos e não se esperava menos. Foi um bom final de noite na margem do Coura.
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Os Cage The Elephant despediram-se com um estrondo. O público quer mais, mas o palco já está a ser arrumado. É esperar pelo regresso.
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Quando se pensava que os Cage The Elephant não conseguiam arrancar salvas de palmas mais insurdecedoras, eis que atiram com “Cigarette Daydreams”.
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@CageTheElephant on stage!#VodafoneParedesDeCoura pic.twitter.com/pOu7gHdDal
— Pedro Esteves (@pestefm) August 20, 2016
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Um momento bonito em “Telescope”.
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Se os Cage The Elephant precisarem de uma mãozinha, há um jovem na plateia com uma guitarra.
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Num registo mais lento, ouve-se agora “Too Late to Say Goodbye”. O público parece contente, e centenas de vozes juntam-se à do vocalista Matthew Shultz.
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À frente do palco, a animação continua — é um mar de gente aos saltos, que se mexe para trás e para a frente ao som da música. E continua a haver gente a voar.
Nunca se escreveu tantas vezes a palavra “crowdsurfing” num liveblog do Observador.
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Antes da primeira nota musical, esta frase: “Este é o nosso festival preferido em todo o mundo!”, disse Matthew Shultz, vocalista dos Cage the Elephant.
“Dizes isso a todas!”, ouve-se na sala de imprensa:)
OK, mas fica sempre bem. Rock ON.
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Os The Vaccines já abandonaram o palco. Seguem-se os norte-americanos Cage The Elephant, os grandes cabeças de cartaz desta noite. Fundados em 2006 no Kentucky, a banda é conhecida pelos seus concertos explosivos. Espera-se mais crowdsurfing entre a multidão.
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The Vaccines, uma injeção de indie rock
Estes The Vaccines têm uma energia fantástica. Em apenas seis anos explodiram, foram premiados pela garra e pelo brio, tornaram-se uma banda experiente em palco, capaz de fazer bom uso de um repertório de três álbuns.
Hoje atuaram quase sem paragens, lá à frente foi uma fartura de crowdsurfing, era ver a malta a cair para o fosso e a desatar a correr de volta para a frente de palco. Como se previa, foi europeu e macio o interlúdio entre os australianos King Gizzard & The Lizard Wizard e os norte-americanos Cage The Elephant. Valeu, porque ninguém descansou.
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Cada uma destas lâmpadas tem a potência de muitos “isqueiros”. Belo efeito:
Muitas luzes a iluminar a noite em @thevaccines #VodafoneParedesDeCoura pic.twitter.com/Id3Ys45dJm
— Rita Cipriano (@ritapcipriano) August 19, 2016
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Jack Gardner. Afinadinho, apenas isso
O holandês Jacco Gardner é uma presença já habitual nos palcos portugueses, tem no currículo dois álbuns que fizeram dele uma das principais atrações do panorama indie daquele país.
Na prática, compõe e toca música bonita com as notas todas no sítio, com uma atenção especial no detalhe dos instrumentos. Foi o que se viu aqui ao vivo, com um resultado mais contemplativo que entusiasmante, uma pausa bem estudada entre King Gizzard & The Lizard Wizard e os The Vaccines.
A expectativa era boa, a banda que o acompanhou esteve afinadinha, mas contas feita foram pouco mais que uma curiosidade.
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The Vaccines! #VodafoneParedesDeCoura pic.twitter.com/7jryOViQPt
— Pedro Esteves (@pestefm) August 19, 2016
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A isto é que eu chamo uma entrada! O público não aguentou e entoou em uníssono o famoso tema de abertura da série da HBO, composto por Ramin Djawadi.
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Será que estou a ouvir bem? Os ingleses estão a abrir o concerto com o tema de abertura da “Guerra dos Tronos”?
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Já se ouvem gritos junto ao palco principal. Vêm aí The Vaccines.
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Jacco Gardner encerra hoje o Palco Vodafone FM. Amanhã passarão por lá nomes como Filho da Mãe, Grandfather’s House ou Cigarettes After Sex.
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King Gizzard & The Lizard Wizard: estes cabeludos sabem o que fazem
Ainda os King Gizzard & The Lizard Wizard estavam a afinar as guitarras e já se ouviam gritos na plateia. Os que ainda não estavam confortavelmente instalados à frente do palco, corriam colina abaixo como se o fim do mundo estivesse programado para amanhã de manhã. Nada mau para uma banda que, apenas há dois anos, era um nome secundário no cartaz do Mexefest.
Definir o som dos King Gizzard & The Lizard Wizard pode ser uma tarefa complicada. Donos de um talento inegável, tocam um rock explosivo, intricado e com um atmosférica psicadélica que faz lembrar o melhor dos anos 60. Imparáveis em palco, contagiam facilmente o público, que se deixa levar de bom grado. As espectativas não podiam ser menores.
O que se assistiu durante o concerto da banda de Melbourne foi uma verdadeira explosão — em muitos sentidos. O público, ao rubro, saltou, dançou e voou. À entrada do recinto, havia fila para entrar. À frente do palco, havia mosh. O espetáculo foi memorável, com músicas longas e poucas palavras. Para além de uns “obrigado”, não houve conversa. Mas era preciso? Os King Gizzard & The Lizard Wizard são daqueles casos em que a música fala — mesmo — por si.