António Costa defendeu este sábado que não se pode comparar escolas públicas e privadas. A propósito da divulgação dos rankings dos estabelecimentos de ensino, o primeiro-ministro defendeu que o que é comparável são “os níveis de qualificação de cada um dos alunos” e não as escolas, afirmou numa visita às obras de ampliação da Escola EB 2,3 da Venda do Pinheiro, em Mafra,
“Há um novo dado que é fornecido a partir deste ano pelo Ministério da Educação, que mede aquilo que é essencial que é o progresso que cada criança tem entre o momento em que inicia um ciclo e o momento em que o conclui. É um ranking que mede o sucesso educativo e eu diria que esse é o mais importante de todos“, disse Costa, acrescentando que é “esse que demonstra qual e a mais valia que a escola constitui no processo de aprendizagem de cada criança”.
Salientando que as escolas públicas “tiveram um resultado absolutamente extraordinário” nos rankings deste ano, o primeiro-ministro afirmou que “sabermos em que escolas se concentram os melhores alunos não é o essencial. “O essencial é saber quais são as escolas que permitem a qualquer criança progredir mais relativamente à bagagem que trazia de casa”, disse, frisando que a missão da escola pública é “vencer a desigualdade”.
“Não sou fã deste tipo de rankings“
Também questionado pelos jornalistas durante a visita à Escola EB 2,3 da Venda do Pinheiro, Tiago Brandão Rodrigues admitiu não ser “fã deste tipo de rankings“, uma vez que comparam “mundo completamente diferentes”.
“Comparamos escolas em meios socioeconómicos muito favorecidos com escolas que estão em meios socioeconómicos pouco favorecidos e isso é, obviamente, algo que acaba por transformar estas seriações cruas num instrumento que não tem a riqueza de outros que podem pôr outros indicadores que podem valorizar os projetos pedagógicos das escolas”, afirmou o Ministro da Educação.