O papa Francisco nomeou um grupo para investigar o caso do grão-chanceler da Ordem de Malta, Albrecht von Boeselager, suspenso há alguns dias sem que fosse divulgada a razão. O grupo vai “recolher elementos e informar em breve o Vaticano”, indicou a sala de imprensa do Vaticano.

O diário italiano Il Messaggero noticiou que Boeselager foi acusado de não ter impedido a distribuição de preservativos em diferentes zonas do mundo, onde se encontram estruturas médicas sob gestão dos voluntários da Ordem de Malta. Esta decisão foi considerada contrária à moral católica e uma falta grave do Grão-Chanceler, acrescentou o jornal.

A Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, conhecida como Ordem de Malta e cuja origem remonta a 1048, durante a época das Cruzadas, comunicou há dias “a situação extremamente grave e insustentável relativamente ao papel de Albrecht von Boeselager como grão-chanceler da ordem”.

Uma nota da Ordem, atualmente uma organização humanitária soberana internacional, indica que Boeselager recusou demitir-se, como pedido pelo grão mestre Matthew Festig, dando início a um procedimento disciplinar que resultou na destituição como grão-chanceler no dia 16 deste mês. O porta-voz do Vaticano, Greg Burke, explicou que a nomeação do grupo de investigação traduz “a vontade de resolver o assunto de maneira pacífica”.

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